1º A pessoa do autor. A carta se apresenta, desde a primeira linha (1.1), como obra de "Judas, servo de Jesus Cristo, irmão de Tiago" (Ἰούδας em grego, "Judas" em latim). Este é o mesmo nome do famoso patriarca, filho de Jacó. Mas é também o nome do traidor Judas, e a intenção em nossa língua era, sem dúvida, distinguir entre os dois. São Judas do traidor (alterando ligeiramente a terminação do seu nome). Justificaremos esta afirmação mais tarde; aqui, basta-nos identificar esta personagem com o apóstolo. São Judas. De fato, este Tiago, de quem o autor da carta afirma ser irmão (não sem certa ênfase, como se vê pela inserção da partícula δέ, "autem"), deve ter sido muito conhecido na Igreja primitiva, visto que é simplesmente referido pelo seu nome. Ele é, na verdade, ninguém menos que, como afirma Orígenes (Em Ep. ad Rom.. 5, 1; do Príncipe, 3, 2, 1), Tertuliano (De cultu fem., l, 4), Santo Epifânio (Aqui., 25, 11), São Jerônimo (Em Matemática. 12, 47, etc.), etc., que o apóstolo São Tiago Tiago Menor, primo de Nosso Senhor Jesus Cristo (ver a Introdução à sua carta). Ora, entre os membros do colégio apostólico, encontramos um "Judas", irmão de Tiago Menor (cf. Lucas 6, 18 e Atos dos Apóstolos 1, 13. Como dizem os autores antigos, a expressão Ἰούδας Ἰαΰώϐου (“Judas Jacobi”) significa: Judas, irmão de Tiago, e não: filho de Tiago, como às vezes se afirma), que não é diferente deste último, apesar do que alguns críticos contemporâneos disseram em contrário: Eles afirmam que ele teria assumido seus títulos de apóstolo e irmão de Jesus, se de fato os tivesse possuído. Mas São Paulo também nem sempre se apresenta como apóstolo no início de suas cartas. Cf. Filipenses 1:1; 1 e 2 Tessalonicenses 1:1, etc. O mesmo se aplica a São TiagoEle também era conhecido pelo sobrenome Tadeu: veja Mateus 10:3b e o comentário; Marcos 3:18b. Na lista de apóstolos segundo São Mateus, alguns manuscritos trazem Λεδδαῖος em vez de Θαδδαῖος. Talvez este fosse um segundo sobrenome. Ele também teve a grande honra de ser contado entre os "irmãos", isto é, os associados próximos do Salvador (cf. Mateus 13:55 e Marcos 5:3; Eusébio, História Eclesiástica, 3, 18-20; 11, 14, 11).
Um dito dele é citado no quarto evangelho (cf. João 14, 22), por ocasião da Última Ceia. Nada se sabe com certeza sobre sua obra apostólica. Segundo a tradição ocidental, ele evangelizou principalmente a Pérsia, e foi nessa região que sofreu o martírio. Ao contrário, segundo Nicéforo (História Eclesiástica, (2, 40), diz-se que ele pregou na Palestina, em Síria e na Arábia, e diz-se que morreu pacificamente em Edessa.
2º A questão da autenticidade não apresenta grandes dificuldades. Em primeiro lugar, observemos que esta carta é muito curta e trata de um assunto muito específico, visto que se dirige principalmente contra falsos doutores (ver abaixo, ponto 3): portanto, havia muito menos oportunidades de citá-la. Consequentemente, nada (ou pelo menos nada muito certo) é encontrado que a mencione nos escritos dos Padres Apostólicos. Sabe-se que inicialmente ela estava ausente da tradução siríaca. Embora se declarasse um defensor da autenticidade, Eusébio (História Eclesiástica, 2, 23) classifica-a entre as ἀντιλεγόμενα, porque algumas dúvidas haviam sido levantadas sobre este ponto. São Jerônimo, que também reconhece francamente a carta como obra de São Judas, também aponta para dúvidas, mas cuja origem era puramente interna, sem ser apoiada por dados tradicionais: alegava-se que a carta citava livros apócrifos (notadamente o Livro de Enoque e a Assunção de Moisés), e não se acreditava que esse fato pudesse ser conciliado com a composição do texto por um apóstolo (São Jerônimo, de Vir. doente., 4. Veja também Santo Agostinho, de Civ. Dei, 15, 23 e os comentários sobre os versículos 9 e 14). Mas o cânone Muratoriano o contém (na linha 68: "a carta de Judas é considerada corretamente católica"); o que prova que foi recebido como autêntico e canônico na Igreja Romana: uma circunstância muito natural se São Pedro fez uso da carta, como já dissemos em outro lugar. A Itala também o continha. Sabemos também, pelo testemunho de Tertuliano (De cultu fem., 1, 4), que as Igrejas da África também o atribuíram a São Judas. Clemente de Alexandria (O Pedagogo 3, 2 ; Estroma, 3.2. Ele até explicou brevemente a carta (ver Eusébio, História Eclesiástica, 6, 14, 1), e ainda possuímos a tradução latina de seu comentário) e Orígenes (Do Príncipe., (3, 2, 1, etc.) atestam o mesmo fato em relação à Igreja de Alexandria. Assim, por volta do ano 200, nossa carta foi aceita na maioria das principais igrejas locais. Todas as dúvidas desapareceram no século IV e, a partir de então, a autenticidade da carta foi continuamente acreditada até que Lutero começou a negá-la, seguido por vários de seus seguidores (o que não impede muitos autores protestantes de aceitarem sua autenticidade).
3° Os destinatários são designados na carta apenas pela fórmula muito geral "Aos amados de Deus Pai, guardados e chamados por Cristo Jesus" (versículo 1), que se aplica a todos. cristãos. É, portanto, impossível determinar com precisão e certeza onde viviam os fiéis para quem a carta foi diretamente escrita, pois ninguém duvida que São Judas tinha em mente um círculo muito específico de cristãos.
No entanto, duas circunstâncias principais podem nos ajudar a resolver essa dificuldade. A primeira é que o autor, para obter reconhecimento de seus leitores, apresenta-se a eles como irmão do apóstolo. São Tiago O segundo reside na natureza dos hereges contra os quais sua carta é dirigida. Estes não são, de modo algum, como alega o campo racionalista para recuar ao máximo a data da escrita, os gnósticos do século II, mas, como nas cartas de São Paulo aos Filipenses (cf. 3:1, 18 ss.), a Timóteo (1 Timóteo 4:1 ss.; 2 Timóteo 3:1 ss.) e a Tite (1:10 ss.), e na Segunda Carta de São Pedro (2:1 ss.), os precursores desses gnósticos. Entre os comentadores, alguns se baseiam no primeiro desses dois fatos e concluem a partir dele que São Judas escreveu para cristãos de Jerusalém e Palestina, entre os quais São Tiago gozavam de grande autoridade. Encontram confirmação de sua opinião nas numerosas alusões que o autor faz à história do Antigo Testamento (ver versículos 5, 7, 11, etc.). Outros, ao contrário, tomam o segundo fato como base e supõem que São Judas Ele escreveu, assim como o Príncipe dos Apóstolos, para as comunidades cristãs da Ásia Menor (ver 1 Pedro 1:1). Preferimos esta segunda interpretação (a mais aceita), pois nada na carta parece indicar que os destinatários eram, em sua maioria, de origem judaica.
4° A oportunidade e o objetivo emergem claramente do próprio âmago da carta. Os hereges que São Judas A estigmatização em termos tão contundentes representava um grande perigo para os fiéis; o autor, ao descrever os erros e a moral desses homens perversos, queria, portanto, alertar seus leitores contra ambos. Isso fica muito claro nos versículos 3-4 e 20-24.
5° O tema e a divisão. – Três partes distintas: o preâmbulo, versículos 1-4; o corpo da carta, versículos 5-23; a conclusão, versículos 24-25. O corpo da carta tem duas subdivisões principais; na primeira, versículos 5-16, São Judas Ele prevê a condenação exemplar dos hereges contra os quais escreve e pinta um retrato sombrio deles; na segunda parte, versículos 17-23, exorta os fiéis a não se deixarem corromper por esses sedutores, mas a permanecerem firmes na fé. A conclusão consiste em uma bela doxologia. Para uma análise mais detalhada, veja o comentário.
6° O caráter e o estilo da carta. – Sabemos do julgamento muito preciso de Orígenes (Em princípio., (3:2:1): «Judas escreveu uma carta de poucas linhas, mas repleta de ensinamentos vigorosos.» Esta carta foi apropriadamente comparada à escrita de um profeta. O estilo é conciso, vívido, figurativo e, em geral, claro (muito mais claro do que o de 2 Pedro, nas passagens que São Pedro tomou emprestado de São JudasOs pensamentos estão perfeitamente interligados e a forma como são apresentados é, muitas vezes, muito impactante. São Judas Ele às vezes gosta de repeti-las de três maneiras diferentes. Em seu vocabulário, assim como no dos escritores sagrados do Novo Testamento, há diversas expressões que só ele usa. Observa-se que ele emprega com facilidade palavras sonoras e poéticas.
7° A data e o local de composição. Não é possível determinar com precisão, pois faltam certos documentos. Quanto à data, baseamo-nos no fato, já mencionado, da extraordinária semelhança entre a nossa carta e a segunda de São Pedro. Se, como é geralmente reconhecido, o Príncipe dos Apóstolos estava familiarizado com os escritos de São Judas e fez uso considerável dela na composição de sua segunda carta; este escrito deve necessariamente ser anterior ao final de 66 ou ao início de 67 (pois foi então que São Pedro escreveu sua segunda carta). Em todo caso, as circunstâncias que motivaram as duas cartas apresentam tantas semelhanças que um longo intervalo de tempo não poderia ter transcorrido entre elas. Dificilmente podemos recuar mais do que 60 para a data, devido à extensão dos erros descritos por São JudasMuitos autores acreditam que a carta não foi publicada antes da morte de São Tiago O Menor, em 62. O ano 65 seria uma data média bastante adequada. Quanto ao local onde a carta foi composta, é melhor dizer que desconhecemos esse ponto. Egito e Palestina, e mais especificamente as cidades de Alexandria e Jerusalém, foram mencionados, é verdade, mas sem fundamento sólido.
8° A carta de São Judas e os livros apócrifos. – Desde os tempos antigos, hipotetizava-se que a letra minúscula que carrega o nome de São Judas Contém uma ou mais citações de livros apócrifos. O episódio narrado no versículo 9 referente ao corpo de Moisés foi registrado de forma semelhante, segundo Clemente de Alexandria (Adumbr. em ep. Judæ), Origem (de Princip., 3, 2, 1) e Dídimo (Enarrat. em ep. Judæ), na obra intitulada "A Ascensão de Moisés". Os versículos 14-15 são considerados um empréstimo direto do Livro de Enoque. Quanto ao relato do versículo 6, referente aos anjos, dissemos, ao explicar 2 Pedro 2:4, que ele não tem nenhuma relação com Gênesis 6:1; portanto, não é permitido dizer que ele também foi retirado de livros apócrifos: trata-se de um evento real, pertencente à revelação. Disso, às vezes se concluía que não era autêntico nem canônico. O que devemos pensar sobre esse problema? Nem todos os escritores eclesiásticos se alarmaram com ele. Tertuliano (De cultu fem., 1, 3), por exemplo, concluíram que São Judas Assim, deu sua aprovação à profecia de Enoque, e Santo Agostinho (De civ. Dei, 15, 23), que o patriarca Enoque escreveu "certas coisas divinas".
Além disso, é certo que, na vasta literatura apócrifa que existia entre os judeus na época do nascimento de Jesus Cristo, encontravam-se, ao lado de inúmeras lendas e ficções, tradições antigas muito sérias, semelhantes às de Santo Estêvão (Atos dos Apóstolos 7, 22, 23, 30), São Paulo em diversas ocasiões (cf. Gálatas 3:19; 2 Timóteo 3:8; Hebreus 2:2 e 11:24, 37. Compare com este dito de São Jerônimo, em Efésios 1, 21: “apostolum de tradiçãoibus Hebræorum ea quæ secreta sunt in medium protulisse”, “o apóstolo trouxe à luz certas tradições secretas dos hebreus”) e São Tiago (5, 17) alegaram. Nada impede que São Judas agiu de maneira semelhante; os dois fatos que ele cita nos versículos 9 e 14 de sua carta eram valiosos devido à sua importância teológica. Críticos habilidosos, tanto católicos quanto protestantes, sustentam precisamente que foi de acordo com essas antigas tradições que nosso autor se deixou guiar (diz-se que os autores do Livro de Enoque e da Assunção de Moisés se basearam na mesma fonte). Observemos bem que São Judas Ele não cita diretamente nenhum livro; menciona eventos sem dizer de onde os obteve. Portanto, nada nos obriga a crer que os tenha retirado dos livros apócrifos. Mas podemos ir além. Mesmo que admitíssemos — o que certamente não é o caso para nós pessoalmente, assim como para vários exegetas contemporâneos — o que diversos Padres da Igreja parecem ter sido os primeiros a admitir, ou seja, que São Judas Se ele de fato citar a Assunção de Moisés e o Livro de Enoque, qual seria a consequência? Respondemos com São Jerônimo (em Tite 1, 12) e com Beda, o Venerável (em seu comentário sobre a carta de São Judas) que, mesmo neste caso, a origem divina da carta não estaria em questão, visto que, ao aprovar uma passagem de um livro apócrifo, São Judas não teria dado sua aprovação ao livro inteiro.
Portanto, qualquer que seja a opinião de cada um, a autoridade divina de seus escritos não é de modo algum diminuída. (O escrito intitulado Assunção de Moisés É conhecida por nós apenas através de alguns fragmentos em latim. Livro de Enoque É frequentemente citado pelos Padres da Igreja dos primeiros quatro séculos. Só o conhecemos desde 1860, graças à descoberta de uma tradução etíope; mas também possuímos o texto grego, pelo menos em parte considerável (A. Lods, O Livro de Enoque, fragmentos gregos... traduzidos e anotados, (Paris, 1892). Acredita-se que seja uma aglomeração de vários escritos, originalmente compostos em hebraico por autores judeus e posteriormente traduzidos para o grego. Contém todo tipo de supostas revelações feitas por anjos, referentes a segredos do mundo angelical, da história da humanidade e da natureza, em uma ordem bastante confusa.
Jude
1 Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos eleitos, amados em Deus Pai e guardados para Jesus Cristo. 2 misericórdia, paz E que o amor vos seja dado em plenitude. 3 Amados, embora eu estivesse muito ansioso para escrever-lhes sobre a nossa salvação comum, senti a necessidade de escrever-lhes, exortando-os a batalhar pela fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos. 4 Pois certos homens se infiltraram entre vocês, os quais, desde há muito tempo, estavam destinados a merecer esta condenação. Homens ímpios, que usam a graça de nosso Deus como pretexto para imoralidade sexual e negam nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo. 5 Quero lembrar-lhes do que vocês aprenderam: que Jesus, depois de salvar seu povo da terra do Egito, destruiu os incrédulos. 6 e a quem reservou para o julgamento do grande dia, acorrentado com correntes eternas, em meio às trevas, os anjos que não conservaram o seu principado, mas abandonaram a sua própria casa. 7 Da mesma forma, Sodoma e Gomorra e as cidades vizinhas, que se entregaram ao mesmo tipo de libertinagem e abusaram de carne estrangeira, jazem ali como exemplo, sofrendo o castigo do fogo eterno. 8 Contudo, também esses homens, em seu delírio, contaminam a própria carne, desprezam a soberania e insultam as glórias. 9 Nem mesmo o arcanjo Miguel, quando disputou com o diabo pelo corpo de Moisés, ousou pronunciar contra ele uma sentença de execração, mas simplesmente disse: "Que o Senhor te castigue".« 10 Mas essas pessoas blasfemam sobre tudo o que não conhecem, e quanto ao que conhecem naturalmente, como bestas irracionais, são corrompidas por isso. 11 Ai deles, pois seguiram o caminho de Caim, precipitaram-se no erro de Balaão por recompensa e pereceram na rebelião de Corá. 12 São obstáculos em seus banquetes, onde se banqueteiam descaradamente, pensando apenas em se alimentar; nuvens sem água, levadas ao acaso pelos ventos; árvores de outono sem frutos, duas vezes mortas, desenraizadas., 13 Ondas furiosas do mar, lançando a espuma de sua vergonha, estrelas errantes, para as quais a densa escuridão está reservada para a eternidade. 14 Foi também a respeito deles que Enoque, o sétimo patriarca depois de Adão, profetizou nestes termos: "Eis que o Senhor vem com a multidão inumerável dos seus santos." 15 para executar juízo sobre todos e condenar todos os ímpios por todas as obras ímpias que praticaram e por todas as palavras criminosas que, pecadores ímpios, proferiram contra ele.» 16 Essas são pessoas que murmuram e reclamam constantemente de sua sorte, que vivem de acordo com seus desejos, cujas bocas estão cheias de palavras pomposas e que, para seu próprio benefício, se tornam admiradoras dos outros. 17 Amados, lembrem-se do que lhes foi predito pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo. 18 Disseram-vos que nos últimos dias haveria homens zombadores, vivendo segundo as suas concupiscências ímpias, 19 Pessoas que causam divisões, homens sensuais que carecem de inteligência. 20 Mas vós, amados, edificando-vos sobre o fundamento da vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, 21 Mantenham-se no amor de Deus, aguardando. misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna. 22 Há alguns que devem ser considerados como já separados de você. 23 Outros, salvem-nos, arrancando-os do fogo. Quanto aos demais, tenham piedade deles, mas com temor, detestando até mesmo a túnica manchada pela carne. 24 Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e para vos apresentar irrepreensíveis e com grande alegria diante do trono da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor, sejam glória, majestade, poder e domínio, antes de todos os tempos, agora e para sempre. Amém.
Notas sobre a Carta de São Judas
1.3 Aos representantes eleitos. Ver Atos dos Apóstolos, 9, 13.
1.5 Veja Números 14 e 37.
1.6 Veja 2 Pedro 2:4. — Os demônios só podem sair do inferno com a permissão de Deus e para tentar aqueles a quem Deus permite que tentem. Seu tormento começa no momento da rebelião; eles já estão julgados, mas sua sentença será então pronunciada e confirmada por toda a eternidade.
1.7 Veja Gênesis 19:24.
1.8 Esses homens também ; Ou seja, os falsos mestres contra os quais o apóstolo procura alertar os fiéis a quem escreve.
1.9 Veja Zacarias 3:2. Que o Senhor te castigue com veemência, que ele o repreende com ameaças. Esse é o verdadeiro significado do texto. Cf. Mateus 8, 26; Marcos, 4, 39; Lucas, 8, 24. Isso não está relatado nas Escrituras; São Judas Ele sabia disso por tradição.
1.11 Veja Gênesis 4:8; Números 22:23; 16:32.
1.12 Veja 2 Pedro 2:17.
1.14 Veja Apocalipse 1:7. Ele profetizou. A profecia relatada aqui não se encontra nas Escrituras; o apóstolo a conhecia por tradição ou por meio de uma revelação especial de Deus.
1.16 Veja Salmo 16:10.
1.17 Veja 1 Timóteo 4:1; 2 Timóteo 3:1; 2 Pedro 3:3.
1.19 O Espírito ; Ou seja, o Espírito de Deus.
1.23 odiando a ponto de, etc.; isto é, ter o mesmo horror. O apóstolo parece estar aludindo ao que é dito na Lei Mosaica a respeito de vestes contaminadas por lepra ou outras impurezas legais, das quais a pessoa só podia ser purificada lavando não apenas o corpo, mas também a roupa. Veja Levítico, 13, versículo 47 e seguintes. Portanto, com essa comparação, ele quer dizer: Fujam com o máximo cuidado até mesmo das aparências de qualquer coisa que possa contaminar suas almas.


