Carta de São Tiago

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A pessoa do autorO nome Ίάκωος, em latim "Jacobus", não difere do do famoso patriarca Jacó. Dois apóstolos o carregaram (Cf. Mt 16:3; Mc 3:17-18; Lucas 6, 14-15; Atos dos Apóstolos 1, 13): São Tiago Maior, filho de Zebedeu e irmão de São João Evangelista; São Tiago Menor (lemos no texto de São Marcos, 15:40: ὁ μιϰρός, o pequeno), em contraste com o primeiro. Não há menção aqui do irmão de São João, a quem nossa carta não pode ser atribuída, visto que ele sofreu martírio por volta do ano 42 (cf. Atos dos Apóstolos 12, 2), muito antes de ser composta.

São Tiago Menor era filho de Alfeu, ou Cleofas (Clopas, segundo o grego). Sua mãe, CasadoEla era parente da Virgem Santíssima (cf. João 19:25; em Marcos 15:40 e 16:1, e em Lucas 24:10, ela é chamada). Casado(mãe de Tiago). É por isso que ele é chamado de irmão, isto é, primo, de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua carta aos Gálatas 1:19, São Paulo afirma que o "apóstolo" São Tiago era "irmão do Senhor". Essa era a opinião de Papias, Orígenes (em Epístola aos Romanos, 4, 8), Clemente de Alexandria (ver Eusébio, História Eclesiástica, 2, 1, 6), Santo Atanásio (em Arianismo, 3), São Jerônimo (em Contra Helvismo, 19), São João Crisóstomo (em Gálatas 1, 19) e quase todos os antigos escritores eclesiásticos.

São Tiago Menor foi o primeiro bispo de Jerusalém (Eusébio, História Eclesiástica, 2, 1; 3, 5; 4, 5; Santo Epifânio, Haremologia, 29, 3, etc.). São Paulo, Gálatas, 2, 9, e São Lucas em Os Atos dos ApóstolosOs versículos 15, 13 e seguintes, 21 e 18, indicam a considerável influência que ele exerceu na Igreja primitiva. Suas grandes virtudes, que lhe valeram o apelido de "o Justo" (Eusébio, 11, 2, 1; 4, 22), conquistaram-lhe a estima dos próprios judeus, como também relata o historiador Flávio Josefo (Antiguidades Judaicas, 20, 9, 1). Segundo São Jerônimo (De vir. ill., 2; História Eclesiástica, 2, 23), ele governou a comunidade cristã de Jerusalém por trinta anos e terminou sua vida com um martírio doloroso e corajoso em 62 d.C.

A autenticidade da carta. A própria carta (1:1) identifica-se como obra de "Tiago, servo de Deus e de Jesus Cristo". O autor não usa outro título, sabendo que essa designação era suficiente para seus leitores. A tradição afirma claramente que ele não é outro senão o Apóstolo São Tiago Menor, mencionado na página anterior.

Sem dúvida, os primeiros escritores eclesiásticos fazem citações relativamente raras desta carta, pois tiveram poucas oportunidades para fazê-lo; mas o seu testemunho é bastante suficiente para nos convencer (enquanto os racionalistas geralmente negam a sua autenticidade, muitos críticos protestantes não hesitam em aceitá-la, abandonando assim a opinião de Lutero, que a rejeitava por ser inconveniente para a sua teoria da fé sem obras). São Clemente papa E o Pastor de Hermas a conhecia. Santo Irineu (Haer., 4, 16, 2) e Tertuliano (Contr. Jud., 2) tomaram emprestado o título "amiga de Deus" (cf. Jac., 2, 23) dela para se referir a Abraão. Orígenes a cita nominalmente em numerosas ocasiões (Hom. em Gen., 13, 2; em Exod., 3, 3; em João, 19, 6; em Carta a Rom., 4, 1). Segundo Eusébio (História Eclesiástica, 6, 14, 1), Clemente de Alexandria comentou sobre ela. Se o próprio Eusébio (Lc. 3.26.3) o inclui entre os ἀντιλεγομένα, isto é, entre as Sagradas Escrituras que encontraram alguma oposição, é porque, na realidade, ele não era inicialmente considerado canônico em toda a Igreja. De fato, não é mencionado no Cânon Muratoriano, que representa a perspectiva bíblica da Igreja Romana no século II. Mas sua presença na antiga versão siríaca mostra que ele era aceito em Síria tão bem quanto em Alexandria, em África e na Gália. Logo todas as dúvidas cessaram, e vemos São Cirilo de Jerusalém (Catecismo, 4, 33), Santo Efrém (Opera græca, t. 3, p. 51), São Jerônimo (De Vir. ill., 2) e todos os outros escritores posteriores citando-o como um escrito autêntico de São Tiago Menor.

Os argumentos intrínsecos confirmam plenamente essa visão tradicional. O autor da carta apresenta-se a nós como um homem completamente familiarizado com o Antigo Testamento, que vive dentro dele, dele toma emprestado exemplos e pensamentos (cf. 2,20-25; 5,10, 17, 18, etc.); como um homem que possui, aos olhos de seus leitores, como demonstra o tom autoritário de sua exposição, poderes, uma posição e uma dignidade que são mais do que comuns. Esse conhecimento íntimo do Antigo Testamento e esse status oficial são facilmente explicados se São Tiago Menor compôs a carta (foram encontradas coincidências interessantes de expressão entre nossa carta e o discurso proferido por São Tiago no Concílio de Jerusalém, cf. Atos dos Apóstolos 15, 13-21).

Os destinatários da carta De acordo com João 1:1, estas são as doze tribos da dispersão, isto é, os membros da nação teocrática espalhados pelo mundo (cf. João 7:35 e as notas). Portanto, dirige-se diretamente aos judeus; a expressão "doze tribos" não deixa dúvidas quanto a isso (compare com João 2:8-13, onde o autor fala em termos tão honrosos da "lei real"); contudo, não se dirige àqueles dentre eles que permaneceram incrédulos, pois não prega a fé cristã diretamente, nem busca converter leitores do judaísmo ao cristianismo. cristandadeOs judeus a quem o apóstolo exorta certamente pertencem à religião cristã (veja 1:1, onde o autor escreve como um "servo de Cristo"; 1:18, onde se dirige àqueles que "Deus gerou pela palavra da verdade", isto é, pelo evangelho; 2:18, onde pressupõe que seus leitores têm fé em Nosso Senhor Jesus Cristo; 5:14, onde recomenda que invoquem os sacerdotes da Igreja nesses casos especiais; 2:11, 22 e 5:4 etc., onde se dirige a eles como a homens bem familiarizados com as ideias e instituições judaicas e que conhecem os livros sagrados do Antigo Testamento. Sobre este último ponto, veja 2:8, 11, 23; 3:9; 4:6; etc.). É compreensível que o santo Bispo de Jerusalém desejasse estender seu ministério a todos os judeus que se converteram ao cristianismo e que viviam nas diversas regiões do Império Romano, exceto na Palestina. Muitos deles continuaram a vir a Jerusalém para celebrar as grandes festas judaicas (cf. Eusébio, História Eclesiástica, 2, 23), e naturalmente veneravam São Tiago como um líder espiritual cuja autoridade substituiu a do antigo sumo sacerdote. No entanto, fica claro em 2, 1 e seguintes que o autor se dirige diretamente não a cristãos isolados, mas às comunidades de fiéis dentro das Igrejas. Nesse sentido, a carta é uma espécie de encíclica.

O idioma grego, bastante correto, em que foi escrito, não contradiz de forma alguma a tese que acabamos de demonstrar; pois, se muitos membros da Igreja primitiva de Jerusalém falavam essa língua, como sabemos por uma certa fonte (cf. Atos dos Apóstolos, 6, 1 e seguintes), isto era ainda mais verdade para os judeus, cristãos ou não, que viviam fora da Palestina.

A oportunidade e o objetivo Da mesma forma, emergem das ideias principais da carta. Ela revela a presença, entre aqueles para quem foi escrita, de provações externas que ameaçavam desencorajá-los (cf. 1, 3, etc.), uma religião que tendia a se tornar puramente teórica e a negligenciar as boas obras (cf. 1, 22 ss.; 2, 14 ss.), a falta de caridade fraternal em muitas circunstâncias e desprezo pelos pobres (cf. 2, 1 ss.; 5, 1 ss.), amor amor desmedido ao dinheiro (cf. 4, 13 ss.; 5, 4), tendências para uma vida luxuosa e imoral (cf. 5, 5, etc.) e, sobretudo, antinomianismo, isto é, o erro que afirmava que as boas obras eram agora inúteis e que a fé era suficiente para a salvação (cf. 2, 14 ss.).

Foi para oferecer consolo em meio a essas provações, para condenar e corrigir esses abusos, em suma, para elevar os leitores a um nível mais alto de vida cristã, que a carta foi composta. Seu principal propósito é alertar contra uma compreensão superficial de cristandade, um conceito que pôs em risco a implementação do espírito cristão.

O estilo do autor é proverbial; isso confere à sua escrita, como já foi repetido muitas vezes, uma semelhança real com os livros da Sabedoria e do Eclesiástico. Mas é mais preciso compará-la, em termos de forma, com o Sermão da Montanha de Jesus, sobretudo porque os temas tratados em ambos não são desprovidos de afinidades. Ele também adota, por vezes, o tom terrível e ameaçador dos profetas; aqui e ali, evoca o tom do... parábolas evangélicos.

O tema abordado e a divisão. Não surpreende, dado o que foi dito, que o tema da carta seja essencialmente prático. O cristão deve viver de acordo com a sua fé: este é o resumo de tudo. Embora o dogma apareça aqui e ali como base para recomendações morais (cf. 1,2-4.5b.13-14.18; 2,1 ss.; 3,9b.; 4,4b.; 5,2-3.11.15.19-20, etc.), o autor não desenvolve, de fato, nenhum outro ponto doutrinal além daquele referente à necessidade de unir as obras à fé (cf. 2,14 ss.). As exortações, repreensões e várias advertências que formam o núcleo do texto não estão dispostas segundo uma ordem estritamente lógica e sistemática. Além disso, o escritor sagrado frequentemente transita abruptamente de um assunto para outro, de modo que sua composição é bastante fragmentada; não há uma ideia dominante que forme a unidade.

Após uma saudação extraordinariamente breve, o apóstolo exorta os fiéis a serem pacientes e corajosos em meio às diversas provações e tentações da vida, explicando seu propósito e origem (1:1-18). Em seguida, mostra (1:19-27) como os cristãos não devem apenas ouvir, mas também praticar a palavra de Deus, e como devem cumprir a grande obrigação da fé. caridade fraternal (2:1-13). Em seguida, ele aborda a necessidade de unir as obras à fé (2:14-26), seguida pelo desejo desmedido que alguns cristãos sentiam de assumir o papel de mestres (3:1-12). Após estabelecer a diferença entre a verdadeira e a falsa sabedoria (3:13-18), ele denuncia veementemente as paixões e os vícios (4:1-17) e conclui com várias exortações e advertências (5:1-20). Não há saudação final.

Podemos agrupar tudo em cinco categorias diferentes: 1ª exortação a paciência entre as provações e tentações, 1, 1-18; 2° necessidade de uma fé viva e ativa, 1, 19-2, 26; 3° do desejo imoderado de ensinar outros e regras concernentes à sabedoria, 3, 1-18; 4° contra as paixões e vícios, 4, 1-17; 5° exortações e advertências de vários tipos, 5, 1-20.

Local e data da composiçãoA carta foi escrita em Jerusalém, cidade da qual São Tiago jamais se afastou. Em que ano? Os escritores antigos permanecem em silêncio sobre este ponto. Obviamente antes de 62, pois foi quando o apóstolo foi martirizado. Depois de 58, se, como tudo indica, São Tiago tinha em mente (2:14 ss.) a doutrina desenvolvida por São Paulo no Carta aos Romanos (que surgiu por volta do ano 58), referente à justificação somente pela fé, sem obras. Ora, como levou algum tempo para o Carta aos Romanos A ideia se espalhou por toda a Igreja, e o ano 61 é geralmente considerado o ano em que a Epístola de Tiago foi composta.

A opinião de alguns exegetas, segundo a qual este escrito é anterior ao Concílio de Jerusalém (que ocorreu em 50 d.C.) e foi composto entre os anos 40 e 50 d.C., não tem fundamento sólido. Mencionamos apenas de passagem a opinião racionalista de que nossa carta foi composta somente depois do ano 150 d.C. É verdade, segundo Tiago 1:18, que os destinatários da carta de São Tiago pertenciam à primeira geração de cristãos; no entanto, abusos o fato de isso indicar que o fervor original deles havia diminuído, que eles haviam degenerado mais ou menos: o que exigia um certo período de tempo; os autores que atribuem uma data tão antiga à carta naturalmente não admitem nenhuma relação entre ela e o Carta aos Romanos

Relação entre a carta de São Tiago e a de São Paulo aos Romanos– Não há dúvida de que a primeira dessas cartas faz várias alusões à segunda: primeiramente em diversas passagens isoladas (cf. Tiago 4:1 e Romanos 723; Tiago 4:4 e Romanos 87; Tiago 4:12 e Romanos 14, 4 etc. É principalmente no texto grego que as comparações devem ser feitas), e em particular no capítulo 2, versículos 14 e seguintes, que o leitor comparará. Romanos 328 ss., 4, 1 ss. Veja especialmente Tiago 2:14, 20 ss., onde o irmão do Senhor usa os mesmos argumentos e quase as mesmas palavras que o apóstolo aos gentios para demonstrar que a fé sozinha não basta, mas que as obras devem ser acrescentadas a ela. A semelhança entre os dois escritos é tão impressionante que não pode ser atribuída ao acaso. Um dos dois escritores deve, portanto, ter tido a intenção de corrigir a interpretação errônea dada às palavras do outro (essa já era a opinião de Santo Agostinho e de Beda, o Venerável. Há muito tempo é geralmente adotada pelos exegetas católicos). Agora, há quase unanimidade de que foi São Tiago quem escreveu por último e quem teve essa intenção específica. 

Muitos racionalistas chegam ao ponto de afirmar que a Epístola de Tiago é "dirigida em parte contra São Paulo e contradiz a doutrina do grande apóstolo". Mas, na realidade, "o suposto antagonismo e a contradição entre os dois escritores sagrados são imaginários. São Paulo, na Epístola de Tiago, dissemina a doutrina de São Paulo sobre a Epístola de Tiago". Carta aos Romanos[Ele] insiste muito na verdade de que a fé salva, não as obras. São Tiago, ao contrário, diz que a fé sozinha não salva sem obras. Ambos estão certos e não se contradizem em nada. As obras de que São Tiago fala não são, na verdade, as mesmas de que São Paulo fala. Este último se refere às obras da lei, às práticas legais dos judeus, e com muita razão afirma que observar os preceitos judaicos não justifica sem fé. São Tiago não se preocupa com obras legais, mas com obras cristãs, o que é bem diferente. A verdadeira religião, diz ele, não consiste apenas em crer, mas em conformar a própria conduta à fé, não observando a lei de Moisés, mas a lei de Deus e de Jesus Cristo. Essa doutrina é idêntica à de São Paulo” (F. Vigouroux, Os Livros Sagrados e a Crítica Racionalista, 5ª ed., vol. 5, p. 561).

8. Aqui estão alguns dos melhores Comentários sobre nossa carta escritos por autores católicos : na antiguidade, os de Beda, o Venerável (Exposit. super cath. Epistolas), e dos dois excelentes exegetas gregos Œcumenius e Teofilato (em suas explicações de todo o Novo Testamento); nos tempos modernos, os de Catharinus (In omnes divi Pauli apost. et in septem. cath. lettre commentarius, Paris, 1566), de Estius (In omnes S. Pauli et septem cath. apostolorum epistolas commentarius, Douai, 1601), de Lorin (In cathol. Beat. Jacobi et Judæ apostolorum epistolas commentarii, Lyon 1619), por B. Justiniani (Explanationes in omnes epistolas cath., Lyon, 1621); Paul Drach (As Sete Cartas Católicas, Paris, 1873).

Tiago 1

1 Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos dispersas entre as nações: Saudações. 2 Meus irmãos, vejam somente alegria nas provações de toda sorte que lhes sobrevierem. 3 sabendo que a prova da sua fé produz paciência. 4 Mas isso paciência que sejam acompanhados de obras perfeitas, para que vocês sejam perfeitos e íntegros, sem deixar nada a desejar. 5 Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá livremente, sem censura, e lhe será concedida. 6 Mas que peça com fé, sem hesitar, pois aquele que hesita é semelhante à onda do mar, agitada e impelida pelo vento. 7 Portanto, que esse homem não pense que receberá alguma coisa do Senhor: 8 Um homem de duas almas, inconstante em todos os seus caminhos. 9 Que o irmão pobre glorifique a sua elevação. 10 E que o rico se glorie na sua humildade, pois ele passará como a erva que floresce., 11 O sol nasceu escaldante e secou a relva, e a sua flor caiu e toda a sua beleza desapareceu; assim também o homem rico definhará com os seus esforços. 12 Bem-aventurado aquele que persevera. Depois de aprovado, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam. 13 Que ninguém, ao ser tentado, diga: "É Deus quem me tenta", pois Deus não pode ser tentado pelo mal, nem tenta ninguém. 14 Mas cada pessoa é tentada pelos seus próprios desejos, que a atraem e a seduzem. 15 Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, depois de consumado, gera a morte. 16 Não se iludam, meus amados irmãos. 17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes. 18 Por sua própria vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que as primícias das suas criaturas. 19 Meus amados irmãos, vocês sabem que o homem deve ser pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar. 20 Pois a ira do homem não produz a justiça de Deus. 21 Portanto, deixando de lado toda impureza e o mal que tanto prevalece, aceitem humildemente a palavra implantada em vocês, a qual pode salvar suas almas. 22 Mas esforcem-se para colocá-lo em prática e não se limitem a ouvi-lo, enganando-se a si mesmos com raciocínios falsos. 23 Pois, se alguém ouve a palavra e não a pratica, é semelhante ao homem que olha para o seu rosto natural num espelho: 24 Ele mal pensou em si mesmo ao partir, esquecendo imediatamente quem era. 25 Ao contrário, aquele que fixa o olhar na lei perfeita, a lei da liberdade, e a ela se apega firmemente, não apenas ouvindo para esquecer de imediato, mas praticando o que ouviu, encontrará a sua felicidade em cumpri-la. 26 Se alguém se considera religioso sem refrear a língua, está se iludindo e sua religião não tem valor algum. 27 A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai nada mais é do que cuidar dos órfãos e das viúvas em suas aflições e manter-se puro das impurezas deste mundo.

Jacques 2

1 Meus irmãos, não misturem favoritismo para com certas pessoas com a fé em Jesus Cristo, nosso Senhor da glória. 2 Se, por exemplo, entrar em vossa assembleia um homem usando um anel de ouro e roupas finas, e entrar também um homem pobre com roupas imundas,3 E voltando o olhar para aquele que está magnificamente vestido, você lhe diz: "Sente-se aqui neste lugar de honra", e diz ao pobre homem: "Fique ali de pé, ou sente-se aqui aos meus pés".« 4 Não seria isso fazer distinções entre vocês e se colocarem como juízes com pensamentos perversos? 5 Escutem, meus amados irmãos: Deus não escolheu os pobres deste mundo para serem ricos em fé e herdeiros do Reino que Ele prometeu aos que O amam? 6 E você, você está insultando os pobres. Não são os ricos que oprimem vocês e os arrastam para os tribunais? 7 Não são eles que insultam o belo nome que você carrega? 8 Se cumprirdes a lei real, conforme esta passagem das Escrituras:« Amarás o teu próximo como a ti mesmo?,"Você está fazendo a coisa certa." 9 Mas, se vocês fizerem acepção de pessoas, estarão cometendo um pecado, e a própria lei os condena como transgressores., 10 Pois quem cumpre toda a lei, mas tropeça em um só ponto, torna-se culpado de praticá-la inteiramente. 11 De fato, aquele que disse: "Não cometerás adultério", também disse: "Não matarás". Portanto, se matares, mesmo que não cometas adultério, estarás transgressor da lei. 12 Fale e aja como se você fosse ser julgado pela lei da liberdade. 13 Pois o julgamento será sem misericórdia para aqueles que não mostraram misericórdia. misericórdia triunfo do julgamento. 14 Meus irmãos, de que adianta um homem dizer que tem fé, se não a demonstra por meio de obras? Acaso essa fé pode salvá-lo? 15 Se um irmão ou irmã estiver nu e não tiver o necessário para o seu sustento diário, e um de vocês lhes disser: 16 «"Vão em paz, aqueçam-se e saciem-se" sem lhes dar o que seus corpos precisam, de que adianta? 17 O mesmo acontece com a fé: se não for acompanhada de obras, está morta em si mesma. 18 Mas alguém poderia até dizer: "Você tem fé e eu tenho obras." "Mostre-me a sua fé sem obras e eu lhe mostrarei a minha fé pelas minhas obras."« 19 Você acredita que existe apenas um Deus, e está certo; os demônios também acreditam nisso e tremem. 20 Mas queres convencer-te a ti mesmo, ó homem insensato, de que a fé sem obras não tem virtude? 21 Porventura Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar? 22 Vejam que a fé cooperou com as suas obras e que, por meio das obras, a fé foi aperfeiçoada. 23 E cumpriu-se a Escritura: "Abraão creu em Deus, e por isso foi considerado justo", e foi chamado amigo de Deus. 24 Veja, o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé. 25 Da mesma forma, Raabe, a cortesã, não foi justificada por suas obras quando recebeu os enviados de Josué e os fez sair por outra rota? 26 Assim como o corpo sem a alma está morto, também a fé sem obras está morta.

Jacques 3

1 Meus irmãos, não sejam tantos os que se tornam professores, sabendo que seremos julgados com mais rigor. 2 Pois todos nós pecamos de muitas maneiras. Se alguém não peca no falar, esse é perfeito, capaz de refrear também todo o seu corpo. 3 Se colocarmos um freio na boca de um cavalo para que ele nos obedeça, também governamos todo o seu corpo. 4 Veja também os navios, por maiores que sejam, e embora impulsionados por ventos impetuosos, são guiados por um leme muito pequeno, à vontade do piloto que os conduz. 5 Assim, a língua é uma parte muito pequena do corpo, mas de que grandes coisas ela pode se orgulhar! Veja, uma faísca pode incendiar uma grande floresta. 6 A língua também é um fogo, um mundo de iniquidade. Sendo apenas um dos nossos membros, a língua é capaz de infectar todo o corpo; ela incendeia o curso da nossa vida, sendo ela própria incendiada pelo fogo do inferno. 7 Todas as espécies de quadrúpedes, aves, répteis e animais marinhos podem ser domesticadas e já foram domesticadas por humanos., 8 Mas a língua, nenhum homem consegue domá-la. É um flagelo que não pode ser detido, está repleta de veneno mortal. 9 Com ela bendizemos o Senhor e nosso Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, que foram feitos à imagem de Deus. 10 Da mesma boca procedem tanto a maldição quanto a bênção. Não deveria ser assim, meus irmãos. 11 Será que a mesma abertura dá origem tanto ao doce quanto ao amargo? 12 Meus irmãos, pode uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira, figos? Da mesma forma, uma fonte de água salgada não pode produzir água doce. 13 Quem dentre vocês é sábio e inteligente? Que demonstre sua moderação e sabedoria no curso de uma vida virtuosa. 14 Mas se vocês têm zelo amargo e ambição egoísta em seus corações, não se vangloriem nem mintam contra a verdade. 15 Essa sabedoria não vem do alto; é terrena, carnal, diabólica. 16 Pois onde há inveja e rivalidade, aí há problemas e toda sorte de males. 17Mas a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura; depois, pacífica, condescendente, conciliadora, cheia de misericórdia e bons frutos, imparcial e sem hipocrisia. 18 O fruto da justiça é semeado em paz por aqueles que praticam paz.

Jacques 4

1 De onde vêm as guerras e as lutas entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês? 2 Vocês cobiçam e não têm, são assassinos, invejam e não conseguem obter, vivem em estado de luta e guerra e não obtêm, porque não pedem. 3 Você pede e não recebe, porque pede de forma errada, com a intenção de satisfazer suas paixões. 4 Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quiser ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus. 5 Ou você pensa que a Escritura diz em vão: «O Espírito que colocou em vocês os ama até mesmo ao ponto de ter ciúmes»?» 6Mas ele concede graça ainda maior, conforme dizem as Escrituras: «Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes».» 7 Sujeitem-se, portanto, a Deus, resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês. 8 Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês. Pecadores, lavem as mãos; vocês, de coração dividido, purifiquem o coração. 9 Sinta sua miséria, lamente e chore, deixe que seu riso se transforme em lágrimas e sua alegria em tristeza. 10 Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará. Irmãos, não falem mal uns dos outros. 11Quem fala mal de seu irmão ou o julga, fala mal da lei e a julga. Ora, se você julga a lei, já não é cumpridor da lei, mas juiz dela. 12Há apenas um legislador e um juiz, aquele que tem o poder de salvar e de destruir. Mas quem és tu, que julgas o teu próximo? 13 Pois bem, vocês que dizem: "Hoje ou amanhã iremos para tal cidade, ficaremos lá por um ano, faremos negócios e ganharemos dinheiro,", 14 Você que não sabe o que acontecerá amanhã, porque o que é a sua vida? 15Você é como uma névoa que aparece por um instante e logo se dissipa, em vez de dizer: "Se o Senhor quiser" ou "Se estivermos vivos, faremos isto ou aquilo".« 16 Mas agora você se vangloria da sua presunção. Toda essa vanglória é errada. 17 Portanto, quem sabe fazer o bem e não o faz, comete um pecado.

Jacques 5

1 Agora é a vez de vocês, ricos. Chorem, desabem em lágrimas ao verem as desgraças que lhes sobrevirão. 2 Suas riquezas apodreceram e suas roupas foram comidas por vermes. 3 O vosso ouro e a vossa prata enferrujaram, e a sua ferrugem testemunhará contra vós, e consumirá a vossa carne como fogo. Acumulastes riquezas nos últimos dias. 4 Eis que ele clama contra vós, por causa do salário que deixastes de pagar aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor dos Exércitos. 5 Vocês viveram na terra em luxo e banquetes; vocês foram como a vítima que se empanturra no dia em que será abatida. 6 Vocês condenaram, vocês mataram o homem justo, ele não lhes ofereceu resistência. 7 Portanto, sejam pacientes, meus irmãos, até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor, esperando pelo precioso fruto da terra, aguarda pacientemente até receber a chuva de outono e a chuva de primavera. 8 Sejam também pacientes e fortaleçam seus corações, pois a vinda do Senhor está próxima. 9 Irmãos, não comecem a reclamar uns dos outros, para que não sejam julgados. Eis que o Juiz está à porta. 10 Irmãos, tomem como exemplo de generosidade em meio às provações e de paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. 11 Eis que proclamamos bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes que paciência de Jó, e viste que fim o Senhor lhe reservou, pois o Senhor é cheio de compaixão e misericórdia. 12 Acima de tudo, meus irmãos, não jurem pelo céu, pela terra ou por qualquer outro juramento; seja o seu sim, sim, e o seu não, não, para que vocês não sejam condenados. 13 Está alguém entre vocês aflito? Que ore. Está ele em... alegria Deixe-o cantar hinos. 14 Tem alguém entre vocês doente? Que chame os sacerdotes da igreja, para que orem sobre ele e o unjam com óleo em nome do Senhor. 15 E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o restaurará, e se ele tiver cometido pecados, estes lhe serão perdoados. 16 Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados, pois a oração de um justo é poderosa e eficaz. 17 Elias era um homem sujeito às mesmas misérias que nós: ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e seis meses., 18 Ele orou novamente, e o céu deu chuva, e a terra produziu seus frutos. 19 Meus irmãos, se algum de vocês se desviou da verdade e alguém o trouxer de volta, 20 Saiba que quem fizer um pecador voltar do caminho em que se desviou, salvará a alma dele da morte e cobrirá uma multidão de pecados.

Notas sobre a Carta de São Tiago

1.1 Que estão dispersos ; Ou seja, que estão espalhadas. A palavra dispersão O termo é por vezes encontrado nas Escrituras para se referir aos judeus dispersos em consequência do cativeiro. Veja Jeans, 7, 35.

1.3 O teste produziu paciência ; São Paulo, ao contrário, diz que é paciência Quem produz o teste? (ver Romanos, 5, 3). Mas, além do fato de duas coisas poderem ser mutuamente responsáveis uma pela outra, a palavra teste Não é interpretado com o mesmo sentido em ambas as passagens. Paciência, ou seja, o sofrimento das aflições, produziu o teste, e nos torna provados e agradáveis a Deus. E a provação, ou seja, os males e tribulações pelos quais Deus nos testa, produto paciênciae nos torna mais humildes, mais submissos, mais pacientes. É através da experiência do sofrimento que adquirimos paciência.

1.5 Sabedoria Uma prática que considera as adversidades de um ponto de vista cristão e as utiliza para servir à salvação.

1.6 Ver Mateus 7, 7; 21, 22; Marcos, 11, 24; Lucas, 11, 9; João, 14, 13; 16, 23-24.

1.8 homem com duas almas, O homem é ambivalente; ou seja, sua mente está dividida entre a fé e a descrença, entre Deus e o mundo. Ele é um homem movido por sentimentos conflitantes.

1.10 Veja Eclesiástico 14:18; Isaías 40:6; 1 Pedro 1:24.

1.12 Veja Jó 5:17.

1.13 Embora Deus tenha tentado Abraão, embora Moisés tenha dito aos antigos hebreus: O Senhor, teu Deus, está te tentando. (ver Deuteronômio, 13, 4: O Senhor, o seu Deus, está pondo vocês à prova para ver se vocês amam o Senhor, o seu Deus, de todo o coração e de toda a alma.), o apóstolo São Tiago pôde dizer com toda a verdade que Deus não tenta ninguém., porque a palavra tentar Tem dois significados muito diferentes: em um deles, significa seduzir para causar dano; e no outro caso, experiência, Conduzir ao bem, fortalecer na virtude e proporcionar oportunidades para o mérito. Ora, é no primeiro sentido que Deus não tenta ninguém, e é no segundo que Ele foi capaz de tentar Abraão e os antigos hebreus, e que Ele pode tentar todos os homens.

1.16 Não se iluda., Ao imaginar que Deus é o autor do mal; pelo contrário, ele é a fonte suprema de todo o bem. 

1.19 Veja Provérbios 17 e 27.

1.22 Ver Mateus 7, vv. 21, 24; Romanos, 2, 13.

1.23 Em um espelho. Os espelhos eram comuns entre os antigos. Eram feitos de metal polido.

1.25 Esta é a lei do Evangelho que o apóstolo chama de a lei da liberdade, porque nos liberta da servidão dos rituais materiais, em oposição à lei do Antigo Testamento, que, segundo São Paulo, só servia para criar escravos (ver Gálatas, 4, 24).

2.1 Veja Levítico 19:15; Deuteronômio 1:17; 16:19; Provérbios 24:23; Eclesiástico 42:1.

2.2 Um anel de ouro. Anéis feitos de ouro ou outros metais preciosos eram comuns entre os antigos.

2.8 Veja Levítico, 19, 18; Mateus 2239; Marcos 12:31; Romanos 13:9; Gálatas 5:14. Lei real Ou seja, a lei suprema, que domina todas as outras. "Significando: se, porém, agirdes dessa maneira, não por desprezo pelos pobres, mas por algum motivo honesto, e sem violar a primeira de todas as leis," caridadeNão vos condeno totalmente. Mas se fizerdes distinção entre as pessoas segundo a sua riqueza ou posição social, isto é, se humilhardes os pobres por serem pobres, sois culpados; pois (ver versículo 10) quem transgredir um só ponto da lei, etc. 

2.9 Veja Levítico 19:15; Tiago 2:1.

2.10 Ver Mateus 519. ― Quando esta carta foi escrita, havia judeus que acreditavam que violar a lei em um ponto ou em um pequeno número de pontos e praticá-la em todos os outros não era um pecado grave que pudesse atrair a ira de Deus, que havia até algum mérito nisso. Santo Agostinho Ele disse que esse também era o erro de alguns cristãos de sua época. É contra esse erro que São Tiago se manifesta; e quando ele diz todos, A razão é que ele considera a lei como um todo. Assim, quer se viole este ou aquele preceito em particular, é sempre a própria lei que é violada.

2.14 e versões posteriores. O apóstolo não está de forma alguma contradizendo aqui o que São Paulo diz aos Romanos (ver Romanos(1:17; 3:20 e seguintes); pois São Paulo tem o cuidado de mostrar que as obras prescritas pelas leis cerimoniais de Moisés não tinham utilidade em si mesmas para a salvação desde a pregação do Evangelho, a menos que fossem animadas pela fé e caridade, enquanto a própria fé animada de caridade, poderia, sem as obras cerimoniais da lei, nos tornar justos e merecedores da salvação. São Tiago, ao contrário, fala da prática de obras morais, como a justiça, misericórdiae todas as outras virtudes. Ora, como poderia São Paulo querer excluir esse tipo de obra, ele que preenche todas as suas cartas com exortações para vivermos bem e colocarmos em prática as verdades que Jesus Cristo nos ensinou?

2.15 Veja 1 João 3:17.

2.21 Veja Gênesis 22:9.

2.23 Veja Gênesis 15:6; Romanos 4:3; Gálatas 3:6.

2.24 Para São Tiago, Abraão é o representante e o tipo de todos os verdadeiros crentes: a conclusão é, portanto, legítima. Sua doutrina também é coerente com a de São Paulo, que valoriza apenas« fé atuando por meio de obras »" (ver Gálatas, 5, 6). 

2.25 Ver Josué2:4; Hebreus 11:31. Raabe… recebendo em Jericó espiões de Josué.

3.1 Veja Mateus 23:8.

3.2 todo o corpo em uma rédea, com os desejos e paixões dos quais o corpo é como a lareira. Seguem-se duas comparações que explicam este último pensamento. 

3.6 das chamas do inferno. Ver Mateus 5, 22. ― Incendiar o rumo de nossas vidas Ela nos faz pecar ao longo de nossas vidas, sendo ela mesma excitada pelo espírito da mentira, o demônio.

4.2 Um retrato vívido da turbulência de uma alma que não consegue conter seus desejos: ela cobiçar mil coisas, e não as obtendo, ela se torna assassina (em seu coração, ver 1 João, (3, 15), ou seja, ela odeia mortalmente aqueles que são um obstáculo para ela, e inveja, etc.

4.4 Adúltero. As Escrituras frequentemente usam esse termo não apenas para idólatras e pessoas declaradamente ímpias, mas também para todos os homens que estão apegados a bens terrenos e prazeres ilícitos, porque, ao fazerem isso, rompem a união que deveria sempre existir entre eles e Deus, seu criador e benfeitor.

4.5 Escrituras, etc. Esta passagem não se encontra explicitamente na Bíblia; mas o Apóstolo alude a vários lugares onde se fala do pecado original, ou da concupiscência e da inclinação que constantemente nos leva ao mal. O espírito que habita em você : O Espírito (de Deus) que habita em vocês te ama com um amor zeloso..

4.6 Veja Provérbios 3:34; 1 Pedro 5:5. Mas ele dá ; Ou seja, Deus.

4.8 De mente dividida. Ver. Jacques, 1, 8. O mão Inclui obras exteriores; coração, paixões. 

4.10 Veja 1 Pedro 5:6.

4.13 Veja Romanos 14:4.

5.4 Sabaoth. Veja, na virtude desta palavra, Romanos, 9, 29.

5.5 Assim como a vítima que se empanturra, Assim como os animais que são engordados para o sacrifício, assim como os animais que comem e bebem normalmente no mesmo dia em que são oferecidos em sacrifício.

5.11 Que fim o Senhor preparou para ele!, O final feliz que o Senhor concedeu a Jó.

5.12 Ver Mateus 5, 34.

5.14 que eles orem por ele. O apóstolo usa esta expressão porque, durante a oração, o sacerdote estendia a mão sobre o doente. (Cf. Mateus 19, 13 ; Atos dos Apóstolos, (6:6); ou, porque enquanto orava, ele o ungiu. Esta passagem expressa uma clara proclamação do sacramento da Extrema Unção instituído por Jesus Cristo.

5.16 um para o outro, que o doente deve fazer uma humilde confissão de seus pecados e erros perante seus irmãos, cf. Mateus 5, 23-24.

5.17 Veja 1 Samuel 17:1; Lucas 4:25. 

5.20 Salvará uma alma da morte. ; a do pecador. ― Irá cobriretc. Ele apagará os pecados daquele que converte, levando-o à penitência e à confissão; e os seus próprios pecados, porque ao exercer isso caridadeEle se torna digno de receber a graça da remissão de seus pecados.

Bíblia de Roma
Bíblia de Roma
A Bíblia de Roma reúne a tradução revisada de 2023 do Abade A. Crampon, as introduções e comentários detalhados do Abade Louis-Claude Fillion sobre os Evangelhos, os comentários sobre os Salmos do Abade Joseph-Franz von Allioli, bem como as notas explicativas do Abade Fulcran Vigouroux sobre os demais livros bíblicos, todos atualizados por Alexis Maillard.

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