1º Fundação da Comunidade Cristã de Roma— A Carta aos Romanos pressupõe claramente a existência de uma comunidade cristã bem organizada na capital do império (ver 12:4 e seguintes). Nenhum escritor sagrado nos diz por quem e como essa comunidade cristã foi fundada; mas sabemos, seja pela história secular ou pelo Livro dos Romanos, que essa comunidade foi fundada. Ato 2, 10-11, que existia em Roma uma comunidade judaica bastante considerável (acredita-se que tenha chegado a ter cerca de vinte mil membros no final do reinado de Augusto. Josefo, Antiguidades Judaicas, 17, 11, 1, menciona oito mil judeus de Roma que se juntaram a uma delegação enviada ao imperador por seus correligionários em Jerusalém após a morte de Herodes), composta principalmente por ex-cativos que haviam sido trazidos da Palestina por Pompeu e que foram gradualmente libertados. Em torno dessa comunidade irradiava-se o círculo de prosélitos que se formava gradualmente onde quer que houvesse judeus. Ela mantinha contato frequente com a metrópole de Jerusalém, especialmente durante as principais festividades religiosas (ver Atos dos Apóstolos 2, 7-11. Cícero, pró Flacco, (p. 28, menciona expressamente esse fato). Portanto, é possível, como afirmam os [autores]. Recognitiones clementinae, que o conhecimento de Jesus chegou a Roma por essa via, durante sua vida.
Entre os romanos que testemunharam a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e os primeiros discípulos (Atos dos Apóstolos 2, 10), é permitido supor que houve alguns que levaram consigo a impressão fecunda da primeira pregação de São Pedro (Atos dos Apóstolos 2, 14-41). A perseguição que, após o martírio de Santo Estêvão, dispersou parte dos membros da Igreja nascente, pode igualmente ter levado alguns cristãos fugitivos a Roma… Os caprichos da política imperial, que por vezes expulsaram os judeus da capital do império (Atos dos Apóstolos 18, 2), por vezes lembrando-lhes disso, apenas os tornava mais suscetíveis à influência generalizada do cristandade. Esses foram, sem dúvida, os humildes começos do cristianismo romano. É perfeitamente possível supor, também, que cristãos dotados do espírito de evangelização tenham trabalhado para difundir a boa nova na capital do mundo, de acordo com o que havia acontecido em Antioquia e em outros lugares. Cf. Atos dos Apóstolos 11, 19 e seguintes.
Mas essas razões por si só seriam insuficientes para explicar a existência em Roma, por volta do ano 59 d.C., de uma Igreja tão florescente (ver Romanos 1:8; 15:14; 16:19, etc.) como aquela à qual a carta que estamos começando a estudar foi dirigida. O quadro completo se torna claro se aceitarmos, juntamente com uma tradição muito antiga, cujos primeiros vestígios aparecem nos escritos de Santo Inácio de Antioquia (Ad Rom., 4), de Santo Irineu de Lyon (adv. Haer., 3, 1, 1 e 3, 3), do sacerdote Caio (ver Eusébio, História Eclesiástica, 2, 28), e que é mais claramente atestada por Eusébio (História Eclesiástica, 2, 13-15), São Jerônimo (De Vir. il., 1) e Orose (Hist. adv. Pagão., 7, 6), que São Pedro chegou a Roma durante o segundo ano do reinado de Cláudio (42 ou 43); e que ele próprio fundou ali a Igreja para a qual mais tarde transferiria permanentemente a sua sé como Vigário de Jesus Cristo (ver Atos dos Apóstolos 12, 17b).
Pelos detalhes anteriores, em seus primórdios, o cristianismo romano deve ter sido composto quase inteiramente por judeus convertidos. O elemento israelita ainda era muito considerável quando a carta aos Romanos foi escrita. Isso fica evidente em diversas passagens nas quais o autor se dirige claramente a cristãos de origem judaica (ver 2:17 ss.; 4:1 ss.; 7:1 ss. Compare também o capítulo 16, onde várias saudações são dirigidas a cristãos de origem judaica). Contudo, em Roma, como em todos os outros lugares, a fé cristã logo se espalhou dos israelitas para os gentios, entre os quais conquistou muitos seguidores. E são especialmente estes últimos que São Paulo tem em mente em diversas passagens desta carta: assim, ele se dirige aos romanos como apóstolo dos gentios (1:5); espera produzir frutos de salvação entre eles, como entre as outras nações pagãs (1:13); fala com eles abertamente como a infiéis convertidos (11:13, 22 ss.; 15:14 ss., etc.). A Igreja de Roma, portanto, também incluía um elemento do mundo pagão, que parece ter sido predominante naquela época. Essa é a opinião de muitos exegetas. A visão oposta também tem seus defensores; mas nos parece muito menos plausível. Se, segundo Atos dos Apóstolos Nos versículos 28, 16 e seguintes, os judeus de Roma parecem desconhecer totalmente a natureza da doutrina cristã na época do primeiro cativeiro de São Paulo, o que se deve ao fato de já ter ocorrido uma divisão entre as sinagogas da capital e a jovem cristandade.
2º Tema e divisão da carta aos Romanos. — O tema é claramente indicado nos versículos 16-17 do primeiro capítulo: «O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Pois no evangelho se revela a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé. Como está escrito: »O justo viverá pela fé’”. São Paulo, portanto, desejava desenvolver para os cristãos de Roma o belo e fundamental tema da justificação pela fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. A salvação trazida por Cristo destina-se a todas as pessoas, sem exceção, tanto aos gentios quanto aos judeus, e é obtida da mesma maneira para todos; é alcançada não pela observância da lei judaica, mas pela fé em Jesus Cristo, o único Salvador da humanidade.
A carta inicia-se com um preâmbulo relativamente longo, 1:1-17, que consiste numa saudação solene (linhas 1-7), uma introdução bastante delicada na qual o apóstolo se apresenta aos fiéis em Roma (linhas 8-15) e, finalmente, uma breve indicação do assunto (linhas 16-17). O corpo da carta, 1:18-16:23, divide-se em duas partes, uma dogmática e outra moral. É na parte dogmática, 1:18-11:36, que o problema da justificação cristã é magistralmente abordado. Divide-se em três secções: 1. Necessidade universal e natureza desta justificação, 1:18-5:21; 2. Admiráveis efeitos morais que produz, 6:1-8:39; 3. A situação especial dos judeus em relação à salvação obtida pela fé, 9:1-11:36. A seção moral, 12:1–16:23, contém duas partes: 1. Exortações práticas dirigidas aos cristãos em Roma, para ajudá-los a viver de acordo com a fé (12:1–15:13); 2. Vários pontos que diziam respeito a São Paulo pessoalmente (15:14–16:23). O conjunto conclui com um epílogo majestoso, 16:24–27.
3° Sua integridade— A autenticidade da carta aos Romanos é claramente demonstrada pelos testemunhos dos mais antigos e renomados Padres da Igreja (ver Introdução Geral, pp. 8–9. Compare também com Santo Irineu, Adv. Hær., 3, 16, 3 e 9; Tertuliano, de Coron., 6. ; Clement d'Alex., Estroma 3, 11 e o Cânon Muratoriano, linha 53; sem mencionar as citações extraídas de nossa carta de São Clemente. papa, Santo Inácio, São Policarpo, São Justino, os hereges Marcião e Basílides, os valentinianos, etc.) e pela perfeita conformidade do gênero epistolar com o de São Paulo, que, quando foi atacado há algum tempo por alguns seguidores da crítica mais radical, muitos racionalistas mais moderados protestaram vigorosamente.
Quanto à sua integridade, vários fatos suscitaram algumas dúvidas, embora nenhuma grave. Marcião omitiu completamente os capítulos 15 e 16 (ver Orígenes, em Roma., 16, 25). Além disso, já na época de Orígenes, vários manuscritos colocavam a doxologia final, 16, 25-27, imediatamente após 14, 23, sem, contudo, omitir o restante da carta. Disso, concluiu-se frequentemente, especialmente na escola de Tübingen, que os capítulos 15 e 16, parcial ou totalmente (pois as opiniões divergem bastante sobre este ponto, como sempre acontece com a crítica subjetiva), são um fragmento de uma carta originalmente destinada aos Efésios, um fragmento posteriormente anexado à Carta aos Romanos. Mas nada é menos fundamentado do que essa hipótese. De fato, a supressão feita por Marcião é inteiramente arbitrária. Esse herege estava acostumado a essa prática, pois suprimia indiscriminadamente passagens de várias partes do Novo Testamento que contradiziam suas teorias (sobre a Carta aos Romanos, veja Tertuliano, advogado Marc., 5, 13). Quanto ao deslocamento da doxologia, além do fato de existir apenas em uma pequena minoria de manuscritos antigos, é fácil explicá-lo sem recorrer à conjectura arbitrária dos críticos. O capítulo 16 contém quase exclusivamente mensagens individuais, que eram de interesse apenas cristãos de Roma. É, portanto, provável que, em outras igrejas, este capítulo tenha sido omitido quando a Carta aos Romanos era lida publicamente. Aqui e ali, também foi omitido dos livros litúrgicos. Contudo, como não queriam eliminar a magnífica doxologia final (16,25-27), ela foi colocada não depois do capítulo 15, que termina com uma doxologia (cf. 15,33), mas no final do capítulo 14. O estilo é, além disso, o mesmo do resto da carta, e os capítulos 15 e 16 demonstram uma sutileza de pensamento que se procuraria em vão entre todos os interpoladores. Acrescentemos que as notas dominantes da carta ainda ressoam neles.
4° A oportunidade e o objetivo. — A ocasião para a maioria das cartas de São Paulo consistia em alguma circunstância particular diretamente relacionada ao ministério do apóstolo ou aos seus contatos anteriores com os destinatários de suas cartas. Aqui, parece ter sido inteiramente geral, como fica evidente pelo próprio conteúdo da carta. Como muitos exegetas reconhecem, deve-se buscar a motivação na estreita conexão que existia entre o chamado de Paulo como apóstolo dos gentios e a metrópole do mundo gentio (cf. 15:15).
São Paulo já havia compreendido e estava ciente dessa conexão há muito tempo; portanto, houve "muitos anos" (ver 15, 23 e comparar 1, 13; ; Atos dos Apóstolos (19, 21, etc.) que suas aspirações o atraíam para Roma, seja para ser edificado entre os cristãos que lá residiam, seja para ir de lá e difundir o evangelho até os confins do Ocidente. Ora, sua obra evangelizadora no Oriente estava chegando ao fim: de Corinto, onde se encontrava então (veja abaixo, no parágrafo 5), Paulo só precisava ir a Jerusalém para entregar as esmolas recolhidas para a Igreja Mãe; feito isso, partiria para a cidade dos Césares. Mas, observemos bem, ele ainda não havia tido nenhum contato pessoal com o cristianismo romano; não participara de sua fundação. Antes de visitá-lo, pareceu-lhe, portanto, útil e apropriado estabelecer contato direto com ele, anunciar-se, por assim dizer, e assim preparar seu apostolado ali. Tal era a ocasião primordial e o principal propósito da carta que lhe escreveu. Além disso, ele não esperava poder permanecer muito tempo em Roma; Era, portanto, aconselhável que ele comunicasse antecipadamente aos romanos, para compensar a brevidade de sua visita, "uma completa exposição doutrinal do Evangelho", tal como o ensinava em todos os lugares. É fácil compreender que São Paulo, plenamente consciente do importante papel que a comunidade cristã em Roma era chamada a desempenhar no desenvolvimento da Igreja no Ocidente, estivesse ansioso por expor nela os princípios e a doutrina que se esforçava por promover onde quer que seu zelo o levasse. O apostolado de Paulo pressupunha que... cristandade A carta foi escrita tanto para o mundo pagão quanto para os judeus; é precisamente por isso que ele expõe ao longo da carta aos Romanos a bela teoria da salvação dada a todos os povos, judeus ou pagãos, pela fé em Jesus Cristo. A diaconisa Febe, uma cristã devota da região de Corinto, estava prestes a partir para Roma; sua viagem foi a ocasião externa que levou o apóstolo a escrever naquele exato momento (cf. 16:1-2).
Será que ele também propôs, como objetivo secundário, promover uma reconciliação entre os dois elementos judaicos e pagãos que compunham a Igreja Católica Romana? Um número considerável de exegetas e críticos acredita que sim, seguindo a linha de raciocínio de... Santo Agostinho (Incoate. expos. in ep. ad RomContudo, não há provas de que existissem divisões dentro do cristianismo romano naquela época, ou de que este estivesse ameaçado por elas. Além disso, o tom da carta, sempre calmo, não contém nada que possa sugerir uma intenção polêmica por parte do autor. Que diferença, a esse respeito, entre a Primeira Carta aos Coríntios e a Carta aos Gálatas, onde essa intenção está verdadeiramente presente. Se diversas passagens (entre outras, 2:1 ss., 17 ss.; 9:6 ss.; 10:3, etc.) parecem ter um "caráter antijudaico", é precisamente porque São Paulo queria demonstrar que a justificação não era resultado da observância mais ou menos fiel da Lei Mosaica, mas unicamente da fé em Jesus Cristo. Portanto, não são os erros judaizantes que ele tem em mente nessas passagens, mas o próprio judaísmo, na medida em que se opunha a cristandade.
5° O local e a época da composição.. — Alguns detalhes menores, inseridos na última parte da carta, fornecem-nos informações bastante precisas sobre esses dois pontos.
A carta aos Romanos deve ter sido escrita em Corinto. De fato, São Paulo saúda a Igreja de Roma em nome de Gaio (Gaius (Γαΐος), segundo o grego), seu anfitrião na época, e de Erasto, o administrador ou tesoureiro da cidade (ver Romanos 16, 23). No entanto, de acordo com Atos dos Apóstolos 19:22 e 2 Timóteo 4:20, este último vivia em Corinto; o mesmo se aplicava a Caio, segundo 1 Coríntios 1:14. Além disso, como mencionado acima, esta carta foi levada a Roma pela diaconisa Febe, que era de Cencréia, o porto oriental de Corinto (cf. 16:1-2). Observe também que, entre aqueles que saúdam a Igreja Romana com São Paulo (Romanos 16, 1), encontramos Sosípatro, ou Sópater, e Timóteo, que, como aprendemos de Atos dos Apóstolos 20, 4, eram então os companheiros do apóstolo). Foi, portanto, da capital da Acaia que Paulo escreveu aos Romanos. Esta opinião, que é quase unanimemente aceita, já é mencionada nas palavras πρὸς Ρωμαίους ἔγραφη ἀπὸ Κορίνθου, que são lidas em muitos manuscritos.
Dito isso, a data fica clara. São Paulo anuncia aos Romanos (15:25-28) que está prestes a partir para Jerusalém, a fim de levar para lá o produto das coletas que fez na Macedônia e na Acaia. De lá, acrescenta, pretende ir para Roma. Comparando esses versículos com as duas passagens Atos dos Apóstolos A partir de 19, 21 e 20, 2-3, vemos que a carta aos Romanos deve ter sido composta durante a terceira viagem apostólica de São Paulo, perto do final da estadia de três meses que o apóstolo fez na Acaia e em Corinto; consequentemente, no início do ano 59. O ano ainda não estava muito avançado, pois Paulo celebrou a Páscoa pouco depois em Filipos, e desejava chegar a Jerusalém antes do Pentecostes. Cf. Atos dos Apóstolos 20:3-6. Segundo alguns autores, a carta foi escrita em 58. Como vimos, a cronologia da vida de São Paulo só pode ser estabelecida de forma aproximada.
6° Seu caráter geral— Não é à toa que a Carta aos Romanos encabeça a coleção dos escritos de São Paulo; é verdadeiramente a mais importante de todas as suas cartas. Afora os detalhes pessoais encontrados aqui e ali na segunda parte, trata-se muito mais de um tratado de teologia do que de uma carta propriamente dita, e este tratado contém, em resumo, todo o ensinamento do Apóstolo aos Gentios.
Em outros trechos, São Paulo pressupõe que seus leitores possuam um conhecimento geral da doutrina cristã, abordando apenas pontos isolados, conforme motivados por abusos, erros, dúvidas ou questionamentos levantados por diversas igrejas. Aqui, porém, ele aborda a totalidade do dogma cristão. A gênese e as consequências do paganismo, o significado e o futuro do judaísmo, a relação dessas duas religiões com o cristandadeO pecado e suas consequências desastrosas, a relação entre o primeiro e o segundo Adão, tanto entre si quanto com a humanidade: essas são as principais questões detalhadas que ele considera, e é desnecessário enfatizar sua excepcional gravidade, o interesse duradouro que despertam. A Carta aos Romanos percorre vastos horizontes. As explicações são dadas com calorosa eloquência, mas sobretudo com uma majestosa serenidade doutrinal, com grande vigor argumentativo e com brilhante clareza.
Romanos 1
1 Paulo, servo de Cristo Jesus, apóstolo por vocação, separado para proclamar o evangelho de Deus, 2 O Evangelho que Deus havia prometido anteriormente por meio de seus profetas nas Sagradas Escrituras, 3 concernente a seu Filho, nascido da descendência de Davi segundo a carne, 4 e que foi milagrosamente declarado Filho de Deus, segundo o Espírito de santidade, mediante a ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor, 5 Por meio de quem recebemos a graça e o apostolado para levar todos os gentios à obediência da fé em seu nome, 6 entre os quais vocês também estão incluídos pelo chamado de Jesus Cristo, 7 A todos os amados de Deus, aos santos por ele chamados, que estão em Roma: Graça e paz a vocês da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. 8 Primeiramente, dou graças a meu Deus, por meio de Jesus Cristo, por todos vocês, porque a fé que vocês têm está sendo anunciada em todo o mundo. 9 Deus é minha testemunha, este Deus a quem sirvo em meu espírito, pregando o evangelho de seu Filho. Lembro-me constantemente de ti., 10 Peço constantemente em minhas orações que eu possa finalmente, pela Sua vontade, ter alguma feliz ocasião de vir até você. 11 Pois tenho um grande desejo de ver vocês, de lhes transmitir algum dom espiritual, capaz de fortalecê-los, 12 Quero dizer, encorajar uns aos outros entre vocês pela fé que temos em comum, você e eu. 13 Irmãos, não quero que vocês ignorem que muitas vezes planejei ir até vocês, mas fui impedido até agora, para que eu também pudesse colher frutos entre vocês, como aconteceu com as outras nações. 14 Devo muito aos gregos e aos bárbaros, aos sábios e aos ignorantes. 15 Portanto, no que depender de mim, estou pronto para pregar o Evangelho a vocês que estão em Roma. 16 Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu, depois do grego. 17 Pois nele se revela a justiça de Deus, uma justiça que vem pela fé e que leva à fé, como está escrito: «O justo viverá pela fé».» 18 De fato, a ira de Deus se derrama do céu contra toda a impiedade e maldade dos homens que, pela sua maldade, suprimem a verdade., 19 Pois o que se pode conhecer acerca de Deus é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20 De fato, Suas perfeições invisíveis, Seu poder eterno e Sua divindade foram tornados visíveis à mente por meio de Suas obras desde a criação do mundo. Portanto, são indesculpáveis., 21 Pois, embora conhecessem a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos obscureceram-se. 22 Gabando-se de sua sabedoria, eles enlouqueceram. 23 E trocaram a majestade do Deus incorruptível por imagens que representavam o homem corruptível, pássaros, animais quadrúpedes e répteis. 24 Por isso Deus os entregou aos desejos dos seus corações, à imoralidade sexual, para que desonrassem os seus corpos entre si., 25 Eles trocaram o verdadeiro Deus pela mentira e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito para sempre. Amém. 26 Por isso Deus os entregou a paixões vergonhosas: até as suas mulheres trocaram as relações sexuais naturais por relações contrárias à natureza., 27 Da mesma forma, os homens, em vez de usarem as mulheres de acordo com a ordem da natureza, arderam em seus desejos uns pelos outros, fazendo com que homens com outros homens cometessem atos infames e recebendo, em mútua degradação, a justa recompensa por seu erro. 28 E, porque não se importaram em conhecer bem a Deus, Deus os entregou aos seus pensamentos perversos para praticarem a maldade., 29 estando cheio de toda sorte de iniquidade, malícia, [fornicação], ganância, perversidade, inveja, pensamentos homicidas, contendas, engano, malícia, espalhando boatos falsos, 30 caluniadores, odiados por Deus, arrogantes, presunçosos, orgulhosos, inventores do mal, desobedientes a seus pais, 31 Sem inteligência, sem lealdade, [implacável], sem afeto, sem piedade. 32 E embora conheçam o juízo de Deus, que declara dignos de morte os que praticam tais coisas, não apenas continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam.
Romanos 2
1 Portanto, quem quer que você seja, ó homem, você que julga, você é indesculpável porque, ao julgar os outros, você se condena, já que você faz as mesmas coisas, você que julga. 2 Pois sabemos que o julgamento de Deus é segundo a verdade contra aqueles que praticam tais coisas. 3 E tu pensas, ó homem, tu que julgas os que os cometem e que tu mesmo os praticas, que escaparás ao julgamento de Deus? 4 Ou desprezas as riquezas da sua bondade, paciência e tolerância? E não sabes que gentileza Deus está te chamando ao arrependimento? 5 Por causa da sua teimosia e do seu coração impenitente, você está acumulando ira contra si mesmo para o dia da ira de Deus e do seu justo julgamento., 6 que retribuirá a cada um segundo as suas obras: 7 Vida eterna para aqueles que, por meio da perseverança em boas obras, buscam glória, honra e imortalidade. 8 mas raiva e indignação para com os rebeldes, indisciplina para com a verdade, dócil para com a iniquidade. 9 Sim, tribulação e angústia virão sobre todo homem que pratica o mal, primeiro sobre o judeu, depois sobre o grego. 10 Glória, honra e paz a todos que praticam o bem, primeiro ao judeu, depois ao grego. 11 Porque Deus não faz acepção de pessoas. 12 Todos os que pecaram sem a lei também perecerão sem a lei, e todos os que pecaram sob a lei serão julgados por essa lei. 13 Pois não são os que ouvem a lei que são justos aos olhos de Deus, mas sim os que obedecem à lei que serão justificados. 14 Quando os pagãos, que não têm a lei, cumprem naturalmente o que a lei ordena, por não terem a lei, eles são uma lei para si mesmos., 15 Eles demonstram que o que a Lei ordena está escrito em seus corações, e sua consciência dá testemunho, ao mesmo tempo, por meio de pensamentos que, de ambos os lados, os acusam ou os defendem. 16 Isso será revelado no dia em que, segundo o meu Evangelho, Deus julgar as obras secretas dos homens por meio de Jesus Cristo. 17 Vocês que carregam o nome de judeu, que se apoiam na Lei, que se gloriam em Deus, 18 que conhece a sua vontade, que sabe discernir o que é melhor, instruído como você é pela Lei, 19 Tu que te glorias de guia dos cegos, luz dos que estão em trevas, 20 o médico dos ignorantes, o mestre das crianças, que tem na Lei a regra do conhecimento e da verdade: 21 Você que ensina aos outros, não ensina a si mesmo? Você que prega contra o roubo, rouba?. 22 Vós que proibis o adultério, cometes adultério. Vós que abominais os ídolos, profanais o templo. 23 Vocês que se orgulham de ter uma lei, desonram a Deus ao transgredi-la. 24 pois "o nome de Deus é blasfemado entre as nações por causa de vocês", como dizem as Escrituras. 25 A circuncisão é útil, é verdade, se você observa a Lei, mas se você transgride a Lei, você deixa de ser, com a sua circuncisão, e se torna uma pessoa incircuncisa. 26 Portanto, se um homem incircunciso observar os preceitos da Lei, não será sua incircuncisão considerada como circuncisão? 27 Além disso, aquele que nasceu incircunciso, se observar a Lei, julgará você, que, embora pratique a letra da Lei e seja circuncidado, transgride a Lei. 28 Um verdadeiro judeu não é aquele que o é exteriormente, e a verdadeira circuncisão não é aquela que se manifesta na carne. 29 Mas o judeu é aquele que o é interiormente, e a circuncisão é a do coração, no espírito, e não na letra; este judeu não receberá elogios dos homens, mas de Deus.
Romanos 3
1 Que vantagem tem um judeu? Ou qual é o benefício da circuncisão? 2 Essa vantagem é grande em todos os sentidos. E, em primeiro lugar, é que os oráculos de Deus lhes foram confiados. 3 Mas e daí? Se alguns não acreditaram, será que a sua incredulidade destruirá tudo? lealdade De Deus? 4 Longe disso. Mas antes, que Deus seja considerado verdadeiro e todo homem mentiroso, como está escrito: "Para que, ó Deus, sejas justificado nas tuas palavras e triunfes quando fores julgado".« 5 Mas se a nossa injustiça demonstra a justiça de Deus, o que diremos? Não é Deus injusto ao dar vazão à sua ira? Estou falando em termos humanos. 6 Longe disso. Do contrário, como Deus julgará o mundo? 7 Pois, se por meio da minha mentira a verdade de Deus resplandece ainda mais para a sua glória, por que então sou eu mesmo condenado como pecador? 8 E por que não deveríamos praticar o mal para que o bem possa resultar dele, como nos acusam as calúnias e como alguns afirmam que ensinamos? A condenação deles é justa. 9 E então? Temos alguma superioridade? Não, nenhuma, pois acabamos de provar que todos, judeus e gregos, estão debaixo do pecado., 10 Como está escrito: "Não há um só justo, nem sequer um.". 11 Não há ninguém que tenha inteligência, não há ninguém que busque a Deus. 12 Todos se desviaram do caminho, todos se corromperam; não há ninguém que faça o bem, nem sequer um.» 13 «"Suas gargantas são sepulcros abertos; usam suas línguas para enganar." "O veneno de uma víbora está sob seus lábios."» 14 «"Suas bocas estão cheias de maldições e amargura."» 15 «"Eles têm pés ágeis para derramar sangue.". 16 Desolação e infortúnio marcam seus caminhos. 17 Eles não sabem o caminho para paz.18. »O temor de Deus não está diante de seus olhos.« 19 Ora, sabemos que tudo o que a Lei diz, o diz aos que estão debaixo da Lei, para que toda boca se cale e todo o mundo se adore na justiça de Deus. 20 Na verdade, ninguém será justificado diante dele pelas obras da Lei, pois a lei apenas dá conhecimento do pecado. 21 Mas agora, independentemente da Lei, foi revelada a justiça de Deus, da qual a Lei e os Profetas dão testemunho., 22 a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos, e para todos os que creem, sem distinção., 23 pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus. 24 e são justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. 25 Deus o ofereceu como sacrifício de expiação, mediante a fé, para demonstrar a sua justiça, por ter deixado impunes os pecados anteriormente cometidos, mesmo após ter tolerado a sua infidelidade., 26 Para, digo eu, manifestar a sua justiça no tempo presente, a fim de ser reconhecido como justo e justificar aquele que crê [em Jesus Cristo]. 27 Onde, então, está o motivo para se vangloriar? Está excluído. Por qual lei? Pela lei das obras? Não, mas pela lei da fé. 28 Pois consideramos certo que uma pessoa é justificada pela fé, independentemente das obras da lei. 29 Ou será que Deus é somente Deus dos judeus? E não é também Deus dos gentios? Sim, ele é também Deus daqueles que não são judeus, 30 pois só existe um Deus que justificará os circuncidados pelo princípio da fé e os incircuncisos pela fé. 31 Abolimos então a Lei pela fé? De modo nenhum. Pelo contrário, nós a confirmamos.
Romanos 4
1 Que vantagem, então, podemos dizer, obteve Abraão, nosso pai, segundo a carne? 2 Se Abraão foi justificado pelas obras, ele tem do que se gloriar. Mas ele não tem motivo para se gloriar diante de Deus. 3 Pois o que diz a Escritura? «Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça».» 4 Ora, ao que realiza uma obra, o salário não é creditado como uma dádiva, mas como algo devido., 5 E àquele que não pratica nenhuma obra, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça. 6 Assim Davi proclama a bem-aventurança do homem a quem Deus imputa justiça independentemente das obras: 7 «Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, cujos pecados são cobertos.”. 8 Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui culpa.» 9 Será que essa felicidade é apenas para os circuncidados, ou também para os incircuncisos? Pois dizemos que a fé foi imputada a Abraão como justiça. 10 Como então foi atribuído a ele? Estava circuncidado ou incircunciso? Não estava circuncidado, ele ainda não era circuncidado. 11 Ele recebeu, então, o sinal da circuncisão, selo da justiça que tinha pela fé, quando ainda era incircunciso, para que se tornasse o pai de todos os que creem, mas ainda são incircuncisos, a fim de que a justiça lhes fosse creditada também., 12 e o pai dos circuncidados, daqueles que não apenas são circuncidados, mas que também seguem as pegadas da fé que nosso pai Abraão tinha quando era incircunciso. 13 Na verdade, não foi pela Lei que a herança do mundo foi prometida a Abraão e seus descendentes, mas sim pela justiça da fé. 14 Pois, se aqueles que possuem a Lei são herdeiros, então a fé é inútil e a promessa é nula., 15 Porque a lei gera raiva, e onde não há lei, também não há transgressão. 16 Portanto, é pela fé, para que seja pela graça, a fim de que a promessa seja confirmada a toda a descendência de Abraão, não apenas aos que são da lei, mas também aos que são da fé de Abraão, nosso pai., 17 Como está escrito: «Eu te constituí pai de muitas nações». Ele o é diante daquele em quem creu, diante de Deus, que dá vida aos mortos e chama à existência as coisas que não existiam. 18 Contra todas as expectativas, ele acreditou e assim se tornou pai de muitas nações, exatamente como lhe fora dito: "Assim será a tua descendência".« 19 E, inabalável na sua fé, não considerou que o seu corpo já estivesse gasto, visto que tinha quase cem anos, nem que o ventre de Sara estivesse exaurido. 20 Diante da promessa de Deus, ele não hesitou nem desconfiou, mas, fortalecendo-se pela fé, deu glória a Deus., 21 Plenamente convicto de que será capaz de cumprir a promessa que fez. 22 E é por isso que a sua fé lhe foi imputada como justiça. 23 Mas não é apenas para ele que está escrito que a justiça lhe foi atribuída, 24 mas é também para nós, a quem deve ser imputado, para nós que cremos naquele que ressuscitou Jesus Cristo, nosso Senhor, dentre os mortos, 25 Ele foi entregue por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação.
Romanos 5
1 Portanto, justificados pela fé, temos... paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, 2 A quem devemos o acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes, e a esperança da glória de Deus nos permitir esta situação. 3 Além disso, nos gloriamos até mesmo nas tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança., 4 A consistência é uma virtude comprovada, e a virtude comprovada é a esperança. 5 Mas a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações por meio do Espírito Santo que nos foi dado. 6 Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios no tempo determinado. 7 As pessoas dificilmente estão dispostas a morrer por uma pessoa justa, e talvez alguém até estivesse disposto a morrer por um homem bom. 8 Mas Deus demonstra seu amor por nós: Jesus Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. 9 Portanto, se agora fomos justificados pelo seu sangue, quanto mais seremos salvos da ira por meio dele!. 10 Pois, se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. 11 Além disso, também nos gloriamos em Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem agora obtivemos a reconciliação. 12 Portanto, assim como o pecado entrou no mundo por um só homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte se espalhou por todos os homens, porque todos pecaram. 13 Pois antes da Lei, o pecado já existia no mundo, e o pecado não é imputado onde não há lei. 14 No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não haviam pecado, por meio de uma transgressão semelhante à de Adão, que é uma figura daquele que havia de vir. 15 Mas a dádiva gratuita não é como a transgressão; pois, se pela transgressão de um só homem todos morreram, quanto mais a graça de Deus e o dom de Deus, pela graça de um só homem, Jesus Cristo, vieram abundantemente sobre todos os homens. 16 E a dádiva não é como a consequência do pecado de uma só pessoa, pois o juízo veio por uma só culpa; mas a dádiva traz justificação por muitas culpas. 17 Pois, se pela transgressão de um só homem a morte reinou por meio desse único homem, quanto mais aqueles que recebem a abundante graça de Deus e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo. 18 Portanto, assim como pela culpa de um só homem a condenação recaiu sobre todos os homens, assim também pela justiça de um só homem a justificação que dá vida chega a todos os homens. 19 Pois, assim como pela desobediência de um só homem todos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um só homem todos serão constituídos justos. 20 A lei interveio para aumentar a culpa, mas onde o pecado abundou, a graça superabundou., 21 para que, assim como o pecado reinou na morte, a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.
Romanos 6
1 O que diremos então? Permaneceremos no pecado para que a graça abunde? 2 Longe disso. Nós, que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? 3 Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte? 4 Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. 5 Se, de fato, fomos enxertados nele por meio da semelhança da sua morte, também seremos enxertados nele por meio da semelhança da sua ressurreição. 6 Sabendo que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse destruído, e não mais sejamos escravos do pecado. 7 pois quem morreu está livre do pecado. 8 Mas, se morremos com Cristo, cremos que viveremos com ele., 9 Sabendo que Cristo, tendo ressuscitado dos mortos, já não morre, a morte já não tem poder sobre ele. 10 Pois a sua morte foi uma morte para o pecado de uma vez por todas, e a sua vida é uma vida para Deus. 11 Portanto, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. 12 Portanto, não deixem que o pecado reine em seus corpos mortais, para que vocês obedeçam aos seus desejos. 13 Não ofereçam os seus membros ao pecado como instrumentos de injustiça; antes, ofereçam-se a Deus como pessoas que foram ressuscitadas dentre os mortos, e ofereçam os seus membros a ele como instrumentos de justiça. 14 Pois o pecado não terá domínio sobre vocês, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça. 15 E então? Pecaremos porque não estamos debaixo da Lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum. 16 Vocês não sabem que, se se oferecerem a alguém como escravos para lhe obedecer, tornar-se-ão escravos daquele a quem obedecem, seja do pecado que leva à morte, seja da obediência a Deus que leva à justiça? 17 Mas graças a Deus que, embora vocês fossem escravos do pecado, passaram a obedecer de coração ao padrão de ensino que lhes foi ensinado. 18 Portanto, libertos do pecado, vocês se tornaram escravos da justiça. 19 Falo em termos humanos por causa das suas limitações humanas. Assim como vocês ofereceram os seus membros como escravos da imoralidade sexual e da injustiça, resultando em ainda mais injustiça, ofereçam agora os seus membros como escravos da justiça, resultando em santidade. 20 Pois, quando vocês eram escravos do pecado, eram livres da justiça. 21 Que fruto vocês colheram então das coisas das quais agora se envergonham? Pois o fim dessas coisas é a morte. 22 Mas agora que vocês foram libertos do pecado e se tornaram servos de Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o resultado é a vida eterna. 23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Romanos 7
1 Meus irmãos, vocês não sabem, pois estou falando a homens que conhecem a Lei, que o homem está debaixo da lei enquanto viver? 2 Assim, uma mulher casada está legalmente ligada ao marido enquanto ele estiver vivo, mas se o marido morrer, ela fica livre da lei que a ligava a ele. 3 Portanto, se ela se casar com outro homem enquanto o marido ainda estiver vivo, será chamada adúltera; mas, se o marido morrer, ela estará livre da lei, de modo que não será mais adúltera quando se casar com outro homem. 4 Portanto, meus irmãos, vocês também morreram para a lei por meio do corpo de Jesus Cristo, para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que produzamos frutos para Deus. 5 Pois, quando estávamos na carne, as paixões pecaminosas, despertadas pela lei, atuavam em nossos membros para produzir frutos para a morte. 6 Mas agora fomos libertados da Lei, tendo morrido para a Lei que nos subjugava, para que sirvamos a Deus de uma nova maneira, no Espírito, e não da maneira antiga, na letra. 7 O que diremos, então? A lei é pecado? De modo nenhum! Pelo contrário, eu não teria conhecido o pecado se não fosse pela lei. Por exemplo, se a lei não dissesse: "Não cobiçarás", eu não saberia o que é cobiçar de verdade.« 8 Então o pecado, aproveitando-se da oportunidade, despertou em mim, por meio do mandamento, toda sorte de desejos; pois, sem a Lei, o pecado está morto. 9 Quanto a mim, antes eu vivia afastado da Lei, mas quando o mandamento veio, o pecado ganhou vida., 10 E eu morri. Então, o mandamento que deveria levar à vida acabou levando à morte para mim. 11 Pois o pecado, aproveitando-se da oportunidade oferecida pelo mandamento, me enganou e, por meio dele, me deu a morte. 12 Portanto, a Lei é santa e o mandamento é santo, justo e bom. 13 Então, uma coisa boa foi a causa da minha morte? Longe disso. Pelo contrário, foi o pecado que causou a minha morte, para que se demonstrasse que ele era pecado ao causar a minha morte por meio de uma coisa boa, e para que ele se tornasse extremamente pecado por meio do mandamento. 14 Pois sabemos que a Lei é espiritual; eu, porém, sou carnal, vendido ao pecado. 15 Porque eu não sei o que estou fazendo: não estou fazendo o que quero e estou fazendo o que detesto. 16 Mas se eu fizer o que não quero fazer, estarei reconhecendo que a Lei é boa. 17 Mas então já não sou eu quem o faz, é o pecado que habita em mim. 18 Pois eu sei que o bem não habita em mim, isto é, na minha carne; tenho o querer, mas não o poder para realizá-lo. 19 Pois não faço o bem que quero fazer, nem o mal que não quero fazer. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. 21 Assim, encontro esta lei dentro de mim: quando quero fazer o bem, o mal está perto de mim. 22 Pois no meu íntimo, tenho prazer na lei de Deus. 23 Mas vejo outra lei atuando nos meus membros, guerreando contra a lei da minha mente e me tornando prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24Quão miserável eu sou! Quem me livrará deste corpo sem vida? 25 Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim, pois, eu mesmo sou escravo da lei de Deus pelo espírito, e escravo da lei do pecado pela carne.
Romanos 8
1 Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus. 2 De fato, a lei do Espírito da vida me libertou em Cristo Jesus da lei do pecado e da morte. 3 Pois o que a Lei era incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho em semelhança da carne pecaminosa, como oferta pelo pecado. E condenou o pecado na carne, 4 para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito. 5 Pois os que vivem segundo a carne têm a mente voltada para as coisas da carne; mas os que vivem segundo o Espírito têm a mente voltada para as coisas do Espírito. 6 Porque as paixões da carne são morte, mas as paixões do Espírito são vida e amor. paz 7 Porque as paixões da carne são inimizade contra Deus, pois não se submetem à lei divina e nem mesmo podem fazê-lo. 8 Mas aqueles que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. 9 Vocês, porém, não vivem na carne, mas no Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não pertence a Cristo. 10 Mas, se Cristo está em vocês, o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito está vivo por causa da justiça. 11 E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida aos seus corpos mortais, por meio do seu Espírito que habita em vocês. 12 Portanto, meus irmãos, não estamos sujeitos à carne para vivermos segundo a carne. 13 Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. 14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15 Pois vocês não receberam um espírito de escravidão para viverem com medo, mas receberam o Espírito de adoção, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai!". 16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 Ora, se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória. 18 Pois considero que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada. 19 Portanto, a criação aguarda com grande expectativa a manifestação dos filhos de Deus. 20 Pois a criação foi sujeita à futilidade, não por sua própria vontade, mas pela vontade daquele que a sujeitou, com esperança. 21 que ela também seja libertada do cativeiro da corrupção, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. 22 Pois sabemos que toda a criação geme e sofre as dores do parto até agora. 23 E não só ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos interiormente, aguardando ansiosamente a adoção como filhos, a redenção do nosso corpo. 24 Pois é na esperança que somos salvos. Mas ver aquilo que se espera já não é esperar: pois, depois de ver o que já se vê, por que ainda esperar por isso? 25 Mas se esperamos por aquilo que não vemos, aguardamos pacientemente. 26 Da mesma forma, o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele que sonda os corações conhece os desejos do Espírito e sabe que Ele ora pelos santos segundo a vontade de Deus. 28 Além disso, sabemos que em todas as coisas Deus age para o bem daqueles que o amam, daqueles que foram chamados segundo o seu propósito eterno. 29 Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses chamou; aos que chamou, a esses justificou; e aos que justificou, a esses glorificou. 31 Que diremos, então, depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 32 Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou à morte por todos nós, como não nos dará também, juntamente com ele, graciosamente todas as coisas? 33 Quem acusará os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem os condenará? Cristo morreu, e mais, ressuscitou; está à direita de Deus e intercede por nós. 35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será que a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou fome, Ou nudez, ou perigo, ou a espada? 36 Como está escrito: "Por tua causa somos entregues à morte o dia todo; somos considerados como ovelhas para o matadouro."« 37 Mas em todas essas provações somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Pois tenho certeza de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem coisas futuras, nem potestades, 39 Nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra coisa em toda a criação, poderá nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Romanos 9
1 Digo a verdade em Cristo; não minto, minha consciência me dá testemunho por meio do Espírito Santo. 2 Sinto uma profunda tristeza e uma dor incessante no coração. 3 Pois eu mesmo desejaria ser amaldiçoado e estar longe de Cristo, por amor de meus irmãos, meus parentes segundo a carne., 4 que são israelitas, aos quais pertencem a adoção, a glória, as alianças, a Lei, a adoração e as promessas. 5 e os patriarcas, dos quais veio Cristo segundo a carne, o qual é Deus sobre todas as coisas, bendito para sempre. Amém. 6 Não é que a palavra de Deus tenha falhado. Pois nem todos os que são descendentes de Israel são o verdadeiro Israel., 7 E para serem descendentes de Abraão, nem todos são seus filhos, mas "São os descendentes de Isaque que serão chamados seus descendentes"., 8 Ou seja, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas sim os filhos da promessa que são considerados descendentes de Abraão. 9 Esses são, de fato, os termos de uma promessa: "Voltarei nesta época do ano, e Sara terá um filho."« 10 E não foi só Sara, mas também Rebeca, que concebeu dois filhos de um só homem, Isaac, nosso pai. 11 Pois, antes que as crianças nascessem e tivessem feito qualquer coisa, boa ou má, para que o propósito eleito de Deus se confirmasse, 12 Não por mérito das obras, mas pela escolha daquele que chama, foi dito a Rebeca: "O mais velho se submeterá ao mais novo."« 13 Como está escrito: "Amei Jacó e odiei Esaú."« 14 O que diremos então? Há injustiça em Deus? Longe disso. 15 Pois ele disse a Moisés: "Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão."« 16 Assim, a eleição não depende nem da vontade nem do esforço, mas de Deus, que demonstra misericórdia. 17 Pois a Escritura diz a Faraó: "Eu te levantei para mostrar em ti o meu poder, e para que o meu nome seja louvado em toda a terra."« 18 Assim, ele demonstra misericórdia a quem quer e endurece o coração de quem quer. 19 Você me perguntará: Então, do que Deus está reclamando agora? Pois quem pode se opor à sua vontade? 20 Mas, ó homem, quem és tu para discutir com Deus? Acaso o vaso de barro diz ao seu artífice: "Por que me fizeste assim?" 21 Não é o oleiro senhor do seu barro, para fazer da mesma massa um vaso de honra e um vaso de ignomínia? 22 E se Deus, querendo mostrar a sua ira e tornar conhecido o seu poder, suportou com grande paciência os vasos da ira, formados para a destruição, 23 e se ele também desejasse dar a conhecer as riquezas da sua glória a respeito dos vasos de misericórdia que preparou de antemão para a glória, 24 Onde está a injustiça para conosco, a quem ele chamou, não apenas dentre os judeus, mas também dentre os gentios? 25 Assim diz ele em Oséias: «Aquele que não era meu povo, eu o chamarei de meu povo; e aquela que não era amada, eu a chamarei de amada.» 26 «E no lugar onde lhes foi dito: »Vocês não são o meu povo’, ali também serão chamados filhos do Deus vivo.” 27 Por outro lado, Isaías clama a respeito de Israel: "Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, apenas um pequeno remanescente será salvo."« 28 Para cumprir a sua palavra integralmente e prontamente, ele a executará na terra. 29 E como Isaías havia predito: «Se o Senhor Todo-Poderoso não nos tivesse deixado um ramo, teríamos nos tornado como Sodoma e nos tornado como Gomorra.» 30 Que diremos, então? Que os gentios, que não buscavam a justiça, a alcançaram; mas a justiça que vem pela fé, 31 Ao passo que Israel, que buscava uma lei de justiça, não chegou a alcançar uma lei de justiça. 32 Por quê? Porque ele buscava alcançá-lo não pela fé, mas como se pudesse tê-lo alcançado por meio de obras. Ele tropeçou na pedra de tropeço., 33 Como está escrito: «Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo; mas quem nele crê jamais será envergonhado».»
Romanos 10
1 Irmãos, o desejo do meu coração e a minha oração a Deus por eles é que sejam salvos. 2 Pois posso testemunhar a respeito deles que são zelosos por Deus, mas o seu zelo é equivocado. 3 Por desconhecerem a justiça de Deus e procurarem estabelecer a sua própria justiça, não se submeteram à justiça de Deus. 4 Pois, na verdade, o fim da Lei é Cristo, para a justificação de todo aquele que crê. 5 De fato, Moisés diz da justiça que vem da Lei: "Aquele que praticar estas coisas viverá por elas".« 6 Mas a justiça que vem da fé diz assim: «Não digas no teu coração: »Quem subirá ao céu?’ (querendo dizer que Cristo descerá do céu)”. 7 ou "Quem descerá ao abismo?" Isso significa trazer Cristo de volta dos mortos. 8 Então, o que diz? "A palavra está perto de você; está em sua boca e em seu coração." Esta é a palavra da fé que pregamos. 9 Se você confessar com a sua boca que Jesus é o Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. 10 Pois é com o coração que se crê para a justiça, e é com a boca que se confessa para a salvação., 11 Conforme o que diz a Escritura: "Todo aquele que nele crê jamais será envergonhado".« 12 Não há distinção entre judeu e gentio, porque o mesmo Cristo é Senhor de todos e se mostra rico para com todos os que o invocam. 13 Pois "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo".« 14 Como, pois, invocar aquele em quem ainda não creu? E como crer naquele de quem não ouviu falar? E como ouvir, se não há quem pregue? 15 E como poderão pregar, se não forem enviados? Como está escrito: «Quão formosos são os pés dos que anunciam boas-novas!» 16 Mas nem todos obedeceram ao Evangelho, pois Isaías disse: "Senhor, quem creu em nossa mensagem?"« 17 Assim, a fé vem por ouvir a pregação, e a pregação se faz por meio da palavra de Deus. 18 Mas eu pergunto: será que eles não ouviram? Pelo contrário: «A voz deles ressoou por toda a terra, e as suas palavras até os confins do mundo».» 19 Pergunto novamente: Israel não sabia? Moisés disse primeiro: "Farei com que vocês sintam ciúmes de uma nação que não é nação, farei com que vocês se irritem com uma nação sem entendimento."« 20 E Isaías chega ao ponto de dizer: "Fui achado por aqueles que não me procuravam, revelei-me àqueles que não perguntavam por mim."« 21 Mas, a respeito de Israel, ele disse: "Estendi as minhas mãos o dia todo a um povo incrédulo e rebelde."«
Romanos 11
1 Pergunto então: Será que Deus rejeitou o seu povo? De modo nenhum, pois eu também sou israelita, descendente de Abraão, membro da tribo de Benjamim. 2 Não, Deus não rejeitou o seu povo, a quem ele de antemão conheceu. Vocês não sabem o que as Escrituras relatam no capítulo de Elias, como ele dirige essa queixa contra Israel a Deus? 3 «Senhor, eles mataram os teus profetas, derrubaram os teus altares, só eu restei, e procuram tirar-me a vida.» 4 Mas o que respondeu a voz divina? "Reservei para mim sete mil homens que não se curvaram a Baal."» 5 Da mesma forma, nos dias de hoje, existe uma reserva de acordo com a escolha da graça. 6 Mas se é pela graça, já não é pelas obras, do contrário a graça deixa de ser graça. 7 Que diremos então? O que Israel buscava, não alcançou; mas os escolhidos de Deus o alcançaram, enquanto os demais foram cegados., 8 Como está escrito: "Deus lhes deu um espírito de entorpecimento, olhos para não ver e ouvidos para não ouvir, até o dia de hoje."« 9 E Davi disse: "Que a mesa deles se torne uma armadilha, um laço, uma pedra de tropeço e um justo castigo.". 10 "Mantenha os olhos deles escurecidos para que não possam ver, e mantenha as costas deles constantemente curvadas."» 11 Pergunto então: Será que tropeçaram para caírem para sempre? De modo nenhum! Mas, por meio da queda deles, a salvação chegou aos gentios, despertando assim o ciúme de Israel. 12 Ora, se a sua queda foi a riqueza do mundo e o seu declínio a riqueza dos pagãos, o que será a sua plenitude?. 13 Em verdade vos digo, cristãos nascidos no paganismo: eu mesmo, como apóstolo de todos os gentios, esforço-me para tornar o meu ministério glorioso, 14 a fim de, se possível, despertar o ciúme daqueles do meu sangue e salvar alguns deles. 15 Pois se a rejeição deles foi a reconciliação do mundo, o que será a sua reintegração, senão uma ressurreição dos mortos? 16 Se as primícias são santas, a missa também o é, e se a raiz é santa, os ramos também o são. 17 Mas se alguns dos ramos fossem cortados, e você, que era apenas uma oliveira brava, fosse enxertado em seu lugar e se tornasse participante da raiz e da seiva da oliveira, 18 Não se glorie contra os ramos. Se você se gloriar, saiba que não é você que sustenta a raiz, mas sim a raiz que sustenta você. 19 Portanto, você dirá: Estes ramos foram cortados para que eu pudesse ser enxertado. 20 É verdade; eles foram eliminados por causa da sua incredulidade, e você permanece firme pela fé. Cuidado com os pensamentos orgulhosos, mas tema. 21 Pois, se Deus não poupou os ramos naturais, temam que também não poupe vocês. 22 Portanto, considere gentileza e a severidade de Deus: a sua severidade para com os que caíram e a sua bondade para convosco, se mantiverdes essa bondade, caso contrário também sereis cortados. 23 Eles também, se não persistirem em sua incredulidade, serão enxertados, pois Deus é capaz de enxertá-los novamente. 24 Se você fosse retirado de uma oliveira brava e enxertado, contrariamente à sua natureza, em uma oliveira nativa, então com muito mais razão os ramos naturais seriam enxertados em sua própria oliveira. 25 Pois não quero que vocês ignorem este mistério, irmãos, para que não se considerem sábios aos seus próprios olhos: que uma parte de Israel caiu na ignorância até que toda a população dos gentios tenha entrado. 26 E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: «O libertador virá de Sião e removerá toda a impiedade de Jacó”. 27 E esta será a minha aliança com eles, quando eu tiver tirado os seus pecados. 28 É verdade que, no que diz respeito ao Evangelho, eles ainda são inimigos por sua causa, mas, no que diz respeito à escolha de Deus, eles são amados por causa de seus pais. 29 Pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis. 30 Assim como vocês mesmos desobedeceram a Deus no passado e, por causa dessa desobediência, agora receberam misericórdia, 31 Da mesma forma, eles também desobedeceram, por causa de misericórdia O que foi feito por vocês, para que também eles pudessem alcançar misericórdia. 32 Pois Deus aprisionou todos os homens na desobediência, para mostrar misericórdia a todos. 33 Ó profundidade inesgotável da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os Seus juízos e quão incompreensíveis os Seus caminhos!. 34 Pois "quem conheceu a mente do Senhor, ou quem foi o seu conselheiro?"« 35 Ou, "quem lhe deu primeiro, para que recebesse em troca?" 36 Dele, por meio dele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre. Amém.
Romanos 12
1 Portanto, eu vos exorto, meus irmãos, por misericórdia Apresentem os seus corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês. 2 Não se conformem com este mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. 3 Pela graça que me foi dada, digo a cada um de vocês que não pense de si mesmo além do que convém; pelo contrário, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus lhe concedeu. 4 Pois, assim como temos muitos membros em um corpo e nem todos os membros têm a mesma função, 5 Assim, nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro de outro. 6 Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada: profecia, segundo a medida da nossa fé, 7 Seja no ministério, para nos manter no ministério, este recebeu o dom de ensinar; ensine ele, 8 Um tem o dom da exortação: que exorte; outro distribui: que o faça com simplicidade; outro preside: que o faça com zelo; outro realiza obras de misericórdia: que as faça com alegria. 9 Que a sua caridade seja isenta de hipocrisia. Aborreça o mal, apegue-se firmemente ao bem. 10 Quanto ao amor fraternal, dediquem-se uns aos outros, honrando-se mutuamente., 11 Quanto ao zelo, não sejam negligentes. Sejam fervorosos no espírito, pois é ao Senhor que vocês servem. 12 Esteja cheio de alegria que a esperança dá, paciente na tribulação, assíduo na oração, 13 prontos para suprir as necessidades dos santos, ansiosos por dar’hospitalidade. 14 Abençoem aqueles que os perseguem: abençoem e não amaldiçoem. 15 Alegrem-se com aqueles que estão em alegria, Chore com aqueles que choram. 16 Tenham os mesmos sentimentos uns pelos outros; não aspirem ao que é nobre, mas busquem o que é humilde. Não sejam sábios aos seus próprios olhos, 17 Não retribua a ninguém mal por mal; procure fazer o que é correto aos olhos de todos. 18 Se for possível, e depender de você, faça as pazes com todos. 19 Amados, não se vinguem; pelo contrário, deem lugar à ira de Deus, pois está escrito: "A vingança pertence a mim; eu retribuirei, diz o Senhor".« 20 Se o seu inimigo estiver com fome, dê-lhe de comer; se estiver com sede, dê-lhe de beber, pois fazendo isso você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele. 21 Não se deixem vencer pelo mal, mas triunfem sobre o mal com o bem.
Romanos 13
1 Que toda alma se submeta às autoridades superiores, pois não há autoridade que não seja aquela estabelecida por Deus, e as que existem foram instituídas por Ele. 2 Portanto, quem resiste à autoridade resiste à ordem que Deus estabeleceu, e aqueles que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. 3 Pois os magistrados não devem ser temidos por suas boas ações, mas sim por suas más ações. Você quer viver sem medo da autoridade? Faça o bem e você terá a sua aprovação., 4 Pois o príncipe é ministro de Deus para o seu bem. Mas, se você praticar o mal, tenha medo, pois ele não porta a espada em vão; ele é ministro de Deus, agente de vingança e castigo para quem pratica o mal. 5 É necessário ser submisso, não apenas por medo de punição, mas também por razões de consciência. 6 É por isso também que vocês pagam impostos, porque os magistrados são ministros de Deus, totalmente dedicados a essa função. Deem a cada um o que lhe é devido. 7 A quem o imposto, o imposto, a quem o tributo, o tributo, a quem o temor, o temor, a quem a honra, a honra. 8 Não devais nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o seu próximo cumpriu a lei. 9 De fato, estes mandamentos: "Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás", e outros que poderiam ser citados em outros lugares, são resumidos neste ditado:« Amarás o teu próximo como a ti mesmo?. » 10 O amor não prejudica o próximo; portanto, o amor é a plenitude da lei. 11 Isso é ainda mais importante porque você sabe em que momento estamos; é hora de finalmente despertar do sono, pois agora a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé. 12 A noite está bem avançada e o dia está chegando. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e revistamo-nos da armadura da luz. 13 Vivamos honestamente, como em pleno dia, não cedendo aos excessos da comida e do vinho, à luxúria e à impureza, às contendas e aos ciúmes. 14 Mas revistam-se do Senhor Jesus Cristo e não façam nada para satisfazer os desejos da carne.
Romanos 14
1 Quanto aos que são fracos na fé, acolham-nos sem discutir suas opiniões. 2 Uma pessoa acredita que pode comer qualquer coisa, enquanto outra, que é fraca, se alimenta de vegetais. 3 Que aquele que come não despreze aquele que não come, e que aquele que não come não julgue aquele que come, pois Deus o acolheu em sua família. 4 Quem és tu para julgar o servo alheio? Para o seu próprio senhor ele está em pé ou cai. E ele estará em pé, porque Deus é poderoso para sustentá-lo. 5 Uma pessoa pode fazer distinção entre os dias, outra pode considerá-los todos iguais: que cada um tenha plena convicção em sua mente. 6 Aquele que observa tal dia, observa-o em vista do Senhor; e aquele que come, come em vista do Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que não come, não come em vista do Senhor, e também dá graças a Deus. 7 Na verdade, nenhum de nós vive para si mesmo e nenhum de nós morre para si mesmo. 8 Pois, quer vivamos, vivemos para o Senhor; quer morramos, morremos para o Senhor. Portanto, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. 9 Pois Cristo morreu e ressuscitou para ser Senhor tanto dos mortos quanto dos vivos. 10 Mas por que você julga seu irmão? Por que você despreza seu irmão? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Cristo. 11 Pois está escrito: «Tão certo como eu vivo, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus.» 12 Assim, cada um de nós prestará contas a Deus por si mesmo. 13 Portanto, não nos julguemos mais uns aos outros, mas sim procuremos não fazer nada que possa ser um obstáculo ou ocasião de tropeço no caminho do nosso irmão. 14 Eu sei e estou convencido no Senhor Jesus de que nada é impuro em si mesmo; contudo, se alguém considera alguma coisa impura, isso é impuro para ele. 15 Mas se você causar tristeza ao seu irmão por causa da comida, você não estará mais andando de acordo com... caridade, Não levem à perdição, por meio da comida, aquele por quem Cristo morreu. 16 Que sua propriedade não seja objeto de blasfêmia. 17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça e comunhão. paz E alegria no Espírito Santo. 18 Aquele que serve a Cristo dessa maneira agrada a Deus e é aprovado pelos homens. 19 Vamos, portanto, analisar o que contribui para paz e para edificação mútua. 20 Cuidado para não destruir a obra de Deus por causa da comida. É verdade que todas as coisas são puras, mas é errado uma pessoa se tornar uma pedra de tropeço ao comer. 21 O que é bom é não comer carne, não beber vinho, não fazer nada que leve seu irmão a tropeçar. 22 Você tem uma convicção? Guarde-a para si diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova. 23 Mas quem tiver dúvidas, se comer, será condenado, porque não age por convicção; e tudo o que não provém de convicção é pecado.
Romanos 15
1 Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos e não buscar o nosso próprio prazer. 2 Que cada um de nós procure agradar ao nosso próximo para o bem, a fim de edificá-lo. 3 Pois Cristo não sentiu satisfação em si mesmo, mas, como está escrito: «Os insultos daqueles que te insultam caíram sobre mim».» 4 Pois tudo o que foi escrito antes de nós foi escrito para nos ensinar, para que, por meio de... paciência E com a consolação que as Escrituras nos dão, tínhamos esperança. 5 Que o Deus de paciência e a consolação que vem de termos a mesma atitude uns para com os outros, de acordo com Jesus Cristo, 6 para que, com um só coração e uma só voz, vocês glorifiquem a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. 7 Portanto, acolham-se uns aos outros, assim como Cristo os acolheu, para a glória de Deus. 8 Sustento que Cristo se tornou ministro dos circuncidados para demonstrar a fidelidade de Deus, cumprindo as promessas feitas aos seus antepassados., 9 enquanto os gentios glorificam a Deus por sua misericórdia, como está escrito: «Portanto, eu te louvarei entre as nações e cantarei louvores ao teu nome».» 10 As Escrituras também dizem: «Senhores, alegrem-se com o seu povo».» 11 E em outro lugar: «Todas as nações, louvem o Senhor; todos os povos, exaltem-no.» 12 Isaías também diz: «A raiz de Jessé aparecerá, aquele que se levantará para governar as nações; nele as nações depositarão sua esperança.» 13 Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua fé, para que vocês transbordem de esperança pelo poder do Espírito Santo. 14 Eu também, meus irmãos, estou convencido de que vocês são cheios de bondade, repletos de todo o conhecimento e capazes de aconselhar uns aos outros. 15 No entanto, escrevi-te com mais liberdade, como que para reavivar parcialmente as tuas memórias, devido à graça que Deus me concedeu. 16 Ser ministro de Jesus Cristo para os gentios, realizando o serviço divino do Evangelho de Deus, para que a oferta dos gentios seja aceita, sendo santificada pelo Espírito Santo. 17 Portanto, tenho motivos para me gloriar em Cristo Jesus no que diz respeito ao serviço de Deus. 18 Pois eu não ousaria falar de coisas que Cristo não tenha realizado por meio do meu ministério para levar os gentios à obediência ao Evangelho, por palavras e ações., 19 pelo poder de milagres e prodígios, pelo poder do Espírito Santo; de modo que, desde Jerusalém e as terras vizinhas até à Ilíria, tenho levado por toda parte o Evangelho de Cristo, 20 Contudo, considero uma honra pregar o Evangelho onde Cristo ainda não havia sido anunciado, para não edificar sobre o fundamento que outro já havia lançado., 21 Mas, como está escrito: «Aqueles a quem não foi anunciado o verão, e aqueles a quem não foi anunciado o conhecerão».» 22 É isso que muitas vezes me impede de ir à sua casa. 23 Mas agora, não tendo mais nada que me prenda a estas paragens e tendo há vários anos o desejo de vir ter convosco, 24 Espero vê-los de passagem, quando eu for à Espanha e estiver acompanhado por vocês, depois de ter satisfeito, ao menos em parte, meu desejo de estar entre vocês. 25 Estou indo para Jerusalém para ajudar os santos. 26 Pois a Macedônia e a Acaia tiveram o prazer de fazer uma coleta para os santos em Jerusalém que estão em pobreza. 27 Eles aceitaram de bom grado, e na verdade deviam isso a eles, pois se os pagãos compartilharam de seus bens espirituais, eles, por sua vez, deviam ajudá-los com seus bens materiais. 28 Assim que eu terminar este assunto e lhes entregar este presente, partirei para a Espanha e irei visitá-los. 29 Agora sei que, quando for visitá-los, irei com uma grande bênção de Cristo. 30 Eu vos exorto, meus irmãos, por Nosso Senhor Jesus Cristo e por caridade do Espírito Santo, para lutar comigo, dirigindo orações a Deus por mim, 31 para que eu possa escapar dos incrédulos na Judeia e para que a oferta que eu trouxer a Jerusalém seja aceitável aos santos, 32para que eu chegue à sua casa em alegria, se for da vontade de Deus e eu encontrar algum descanso entre vocês. 33 Que o Deus da paz esteja com todos vocês. Amém.
Romanos 16
1 Recomendo Phoebe, nossa irmã, que é diaconisa da Igreja de Cencréia., 2 para que vocês a recebam em Nosso Senhor de maneira digna dos santos e a auxiliem em tudo o que ela precisar, pois ela também ajudou muitos, inclusive a mim. 3 Saúdem Prisca e Áquila, meus colaboradores em Jesus Cristo. 4 Àqueles que arriscaram suas vidas para me salvar, dou graças não só a eles, mas também a todas as igrejas daqueles que não são judeus. 5 Saúdem também a igreja que está reunida na casa deles. Saúdem Epeneto, meu amado, que foi o primeiro convertido a Cristo na Ásia. 6 Saudar Casado, que se deu ao trabalho de ajudar você. 7 Saúdem Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, que são muito estimados entre os apóstolos e que estiveram em Cristo antes de mim. 8 Saúdem Amplias, meu amado no Senhor. 9 Saúdem Urbano, nosso colaborador em Cristo, e Estaquis, meu amado. 10 Saúdem Apeles, que provou a sua fé em Cristo. Saúdem os da casa de Aristóbulo. 11 Saúdem Herodion, meu parente. Saúdem os da casa de Narciso que estão no Senhor. 12 Saúdem Trifena e Trifosa, que trabalham arduamente no Senhor. Saúdem Persis, a amada, que tem trabalhado arduamente no Senhor. 13 Saúdem Rufus, distinto no Senhor, e sua mãe, que também é minha. 14 Saúdem Assíncrite, Flegon, Hermes, Patrobas, Hermas e os irmãos que estão com eles. 15 Saúdem Filólogo e Júlia, Nereu e sua irmã, assim como Olímpia e todos os santos que estão com eles. 16Saúdem-se uns aos outros com um beijo santo. Todas as igrejas de Cristo os saúdam. 17 Exorto-vos, meus irmãos, a que vos acauteleis daqueles que provocam divisões e escândalos, desviando-se do ensino que recebestes; afastai-vos deles. 18 Pois tais homens não servem a Cristo Nosso Senhor, mas aos seus próprios estômagos, e com suas palavras doces e linguagem lisonjeira, seduzem os corações dos simples. 19 Pois a obediência de vocês chegou aos ouvidos de todos, e por isso me alegro com vocês. Contudo, peço que sejam prudentes no bem e inocentes no mal. 20 O Deus da paz em breve esmagará Satanás debaixo dos seus pés. Que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com você. 21 Timothy, meu colega de trabalho, envia saudações, assim como Lucius, Jason e Sosipater, meus pais. 22 Saudações No Senhor, eu, Tércio, que escrevi esta carta. 23 Caio, meu anfitrião e anfitrião da Igreja, saúda-vos. Erasto, o tesoureiro da cidade, saúda-vos, assim como Quarto, nosso irmão. 24 Que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês. Amém. 25 Ora, àquele que é poderoso para vos fortalecer segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que esteve oculto desde os séculos, 26 Mas agora revelado, e segundo o mandamento do Deus eterno, transmitido pelas Escrituras dos profetas, ao conhecimento de todas as nações, para que obedeçam pela fé, a Deus somente, o sábio, seja dada glória por meio de Jesus Cristo para todo o sempre. Amém.
Anotações sobre a Carta aos Romanos
1.1 Ver Atos dos Apóstolos, 13, 2.
1.4 Como homem, Jesus Cristo foi predestinado a ser o Filho de Deus. Agora, três coisas comprovam que ele verdadeiramente é o Filho de Deus: milagres que ele realizou, a comunicação que fez do Espírito Santo para a santificação dos homens e, finalmente, a sua ressurreição.
1.7 os santos chamados por ele. Ver Atos dos Apóstolos, 9, 13.
1.9 eu lembro de você. Essa expressão, que se encontra no próprio texto sagrado, não expressa uma simples memória comum, como é geralmente entendida, mas sim a ideia de comemoração, conforme a Igreja o consagrou na liturgia.
1.14 Aos bárbaros: aqueles dentre os pagãos que não falam grego.
1.17 Ver Habacuque2:4; Gálatas 3:11; Hebreus 10:38. Justiça de Deus, etc. Pois é o Evangelho, de fato, que nos revela que a justiça que Deus nos comunicou, e que nos torna justos e santos, vem da fé e é aperfeiçoada pela fé.
1.21 Veja Efésios 4:17.
1.23 Veja Salmo 105:20; Jeremias 11:10. imagens, etc. Os ídolos pagãos representavam homens e animais.
1.24 Veja Romanos 1:27; 6:19; Efésios 4:19.
1.26 Deus os entregou., etc.; isto é, tendo-os abandonado à sua própria malícia, deixou-os cair nesses pecados vergonhosos como castigo pelo seu orgulho.
2.1 Ver Mateus 7, 2.
2.4 Sabedoria 11:24; 12:2; 2 Pedro 3:9.
2.6 Veja Mateus 16:27.
2.11 Veja Deuteronômio 10:17; 2 Crônicas 19:7; Jó 34:19; Sabedoria 6:8; Eclesiástico 35:15; Atos dos Apóstolos, 10:34; Gálatas 2:6; Colossenses 3:25.
2.12 Sem lei, sem a lei de Moisés.
2.13 Ver Mateus 7, 21; Tiago, 1, 22.
2.14 realizar naturalmente ; Ou seja, sem conhecimento da lei mosaica e guiados unicamente pela lei natural. — Os autores pagãos falavam explicitamente da lei natural.’Antigone Na peça de Sófocles, essa heroína, que realizou os ritos funerários de seu irmão contrariando as ordens do rei, responde quando ele lhe pergunta se ela conhecia sua proibição: "Eu sabia. Mas tal lei não foi promulgada nem por Júpiter nem pela justiça. Os decretos de um homem não podem prevalecer contra leis não escritas, obra imutável dos deuses. Estas não são de hoje nem de ontem; existem para sempre." O mesmo poeta também fala em«Édipo Rei, "Estas leis emanam dos céus, dos quais o Olimpo é o pai, e que jamais poderão ser abolidas."«
2.16 Meu Evangelho, isto é, o Evangelho que eu prego. ― Segundo outros, o’Evangelho segundo São Lucas, o companheiro de São Paulo, a quem São Paulo considerava seu Evangelho.
2.24 Veja Isaías 52:5; Ezequiel 36:20.
2.27 Com a carta da lei mosaica.
3.2 Veja Romanos 9:4.
3.3 Veja 2 Timóteo 2:13.
3.4 Veja João 3:33; Salmo 115:11.
3.9 Veja Gálatas 3:22.
3.10 Veja Salmo 13:3; 52:4. — Não há ninguém justo por força da lei natural ou da lei escrita, mas somente pela fé e pela graça.
3.11 Quem entende coisas sagradas, ter gosto e apreço pela bondade; uma repreensão que Jesus Cristo dirigiu ao próprio São Pedro. Veja Mateus 16, 23.
3.13 Veja Salmo 5:11; 139:4; Tiago 3:8.
3.14 Veja Salmo 9:7.
3.15 Veja Isaías 59:7; Provérbios 1:16.
3.18 Veja Salmo 35:2.
3.20 Veja Gálatas 2:16. Pelas obras da lei, puramente externas e desprovidas daquilo que poderia torná-las agradáveis a Deus, fé e caridade.
3.24 Gratuito, "Porque seus méritos não o precederam, mas as bênçãos de Deus o anteciparam", disse ele. Santo Agostinho.
3.28 A fé que justifica o homem não é uma presunçosa certeza de ser justificado, mas uma crença firme e viva em tudo o que Deus revelou ou prometeu; uma fé que opera por meio de caridade Em Jesus Cristo; finalmente, uma fé acompanhada de esperança, amor, arrependimento e o uso dos sacramentos. Excluindo obras. Compare com o versículo 2.
4.2 Abraão não poderia ser justificado por sua própria força, sem a graça de Deus e a fé no Messias. Obras puramente naturais poderiam ter lhe rendido elogios dos homens, mas não possuíam o valor necessário para torná-lo justo aos olhos de Deus.
4.3 Veja Gênesis 15:6; Gálatas 3:6; Tiago 2:23.
4.7 Veja Salmo 31:1-2; 50:10. Talheres ; Ou seja, que já não apareciam, porque já não existem, tendo sido destruídas pela justiça e inocência obtidas através da fé.
4.8 A quem o Senhor não imputa pecado ; Isto é, a quem ele perdoou os seus pecados.
4.11 Veja Gênesis 17:10-11.
4.13 Veja Gálatas 3:18; Hebreus 11:9.
4.14 Aqueles que têm a lei ; Ou seja, os judeus.
4.15 A lei, se não for acompanhada de fé e graça, produz a ira divina por ocasião de muitas transgressões, pois é ocasião para tais transgressões que provocam a ira de Deus.
4.16 Confiante, Certamente, pois depende não do cumprimento da Lei (que nenhum judeu observou perfeitamente, veja o capítulo 2), mas da graça e da pura bondade de Deus, que assim pode conceder a bênção prometida tanto aos judeus que transgridem a lei quanto aos pagãos idólatras.
4.17 Veja Gênesis 17:4.
4.17-18 Abraão depositou sua esperança contra a própria esperança, pois tinha fé em promessas nas quais não deveria ter esperança alguma, supondo que confiasse apenas na luz natural.
4.18 Veja Gênesis 15:5.
4.19 Sara Ela tinha 90 anos quando se tornou mãe de Isaac.
4.24 Veja 1 Pedro 1:21.
5.2 Veja Efésios 2:18.
5.3 Veja Tiago 1:3.
5.6 Veja Hebreus 9:14; 1 Pedro 3:18.
5.9 Raiva ; Ou seja, a ira divina.
5.13 O pecado não era imputado como uma transgressão de uma lei positiva que ainda não existia; a consciência e a lei natural serviam para distinguir o mal, mas de uma forma mais confusa do que desde a promulgação da lei.
5.17 Antes de Jesus Cristo, a morte, introduzida pelo pecado, reinava como um tirano sobre a humanidade, sua escrava. Pela graça de Jesus Cristo, o escravo tornou-se soberano (ver 1 Coríntios 4:8; 2 Timóteo 2:12); com ele e por meio dele, os fiéis venceram a morte e receberam a semente de uma vida nova e eterna.
5.20 A lei não foi dada com a intenção de aumentar o pecado; mas produziu esse efeito por meio da maldade dos homens, que se aproveitaram da própria proibição do pecado para pecar ainda mais.
5.21 O pecado reinou através da morte. matar, A graça reinou (...) para a vida eterna : dar a vida eterna.
6.4 Veja Gálatas 3:27; Colossenses 2:12; Efésios 4:23; Hebreus 12:1; 1 Pedro 2:1; 4:2. batismo em sua morte Morrer para o pecado.
6.6 O corpo do pecado. É a concupiscência que nos vem de Adão. Ora, é principalmente através dos sentidos e das paixões, das quais o corpo é o ministro e o órgão, que essa concupiscência exerce seu domínio.
6.14 Veja Romanos 7:15 para o significado deste versículo.
6.16 Veja João 8:34; 2 Pedro 2:19. Pela morte, pela justiça. ; Ou seja, encontrar ali a morte e a justiça.
7.2 Veja 1 Coríntios 7:39.
7.3 Ela será chamada de adúltera. ; Ou seja: Ela cometerá adultério. Já mencionamos diversas vezes que os hebreus disseram ser chamado Para ser.
7.5 Quando estávamos na carne ; Ou seja, sob a lei da carne.
7.6 Em um novo espírito, em sentimentos e inclinações inspirados pelo Espírito Santo.
7.7 Veja Êxodo 20:17; Deuteronômio 5:21. — Antes da Lei Mosaica, o pecado não era ignorado, mas não lhe era dada a mesma importância; sua gravidade era sentida apenas de forma muito imperfeita; porque, por um lado, a má inclinação de uma natureza corrupta cegava as mentes e, por outro lado, faltava essa regra externa, essa censura visível, que repreendia até mesmo o pecador mais temerário, cego pela paixão, por seus excessos.
7.12 Veja 1 Timóteo 1:8.
7.13 a fim de se mostrarem pecadores ; Ou seja, expor toda a sua corrupção.
7.15-17 São Paulo parece contradizer aqui o que afirmou anteriormente (cf. Romanos 6:14), que o pecado não terá mais domínio; mas essa contradição é apenas aparente. De fato, o grande apóstolo reconhece duas formas de cativeiro às quais podemos estar sujeitos: o dos sentidos, que, acostumados a encontrar satisfação na realização das necessidades, desenvolvem o hábito de preferir o prazer ao dever; e o da vontade, que considera bom e preferível apenas o que os sentidos lhe apresentam como mais agradável. A graça de Nosso Senhor nos liberta dessa segunda forma de cativeiro, que é a única verdadeira; e é isso que São Paulo quer dizer com suas palavras: O pecado não terá mais domínio sobre você… você está sob a graça: Essa mesma graça do Salvador, ao contrário, nos deixa sujeitos à primeira, que não é um mal, mas uma fragilidade; e é isso que essas palavras significam: Já não sou eu quem o faz, é o pecado que habita em mim. (versículo 17).
7.22 O homem interior, significa inteligência e razão iluminadas pela graça e fortalecidas pelo Espírito Santo.
7.24 este cadáver ; do corpo que é a causa desta morte da qual acabei de falar (versículo 10 e seguintes). Cf. Atos dos Apóstolos, 5, 20; 13, 26.
8,5; 8,8 Aqueles que vivem segundo a carne… na carne ; Homens carnais que se deixam levar pelos movimentos desordenados da carne.
8.15 Veja 2 Timóteo 1:7; Gálatas 4:5. Abba, Pai. Veja Marcos 14:36.
8.16 Através do movimento interno de amor divino e paz Pela consciência que os filhos de Deus experimentam, eles têm, de fato, uma espécie de testemunho do favor divino, pelo qual são fortalecidos na esperança de sua justificação e salvação, mas que não lhes dá, contudo, certeza absoluta; pois essa certeza não é normalmente obtida nesta vida, onde somos ordenados a trabalhar por nossa salvação com temor e tremor, e a nos mantermos constantemente vigilantes, porque aquele que se considera firme está mais perto de cair.
8.18 glória por vir ; agora escondida no Céu (ver Colossenses 3:3-4; 1 Pedro 1:4). Ela será revelado quando o reino messiânico for inaugurado em todo o seu esplendor com o advento de Jesus Cristo e a ressurreição mortes.
8.19-23 A criatura, A própria natureza física, ferida pelo pecado, humilhada pela condenação de Adão, ainda está sujeita ao homem, mesmo ao homem vaidoso e depravado. Cansada de ser escravizada pelo pecado, ela anseia glorificar a Deus por meio do homem glorificado. A criatura aguarda essa glorificação (a redenção do nosso corpo, (versículo 23). Já no Antigo Testamento, os profetas predizem que, quando vier o pleno reinado do Messias, vitorioso sobre o pecado, toda a natureza será simultaneamente enobrecida e glorificada (ver Isaías 11:6-9; 65:17-25; 66:22). Essa ideia, ainda um tanto obscura, torna-se, nos rabinos posteriores, um dogma plenamente estabelecido. Cf. Apocalipse 21 e 2 Pedro 3:10 e seguintes.
8.23 Veja Lucas 21:28.
8.26 O Espírito Santo não ora nem geme em si mesmo, mas produz oração e gemido em nós, faz-nos falar em oração. Ora, o gemido que ele nos faz produzir é chamado de oração. inefável, ou por causa de sua vivacidade e ardor, ou por causa de seu objeto sobrenatural, ou, finalmente, porque são internas a nós.
8.27 Para os santos. Ver Atos dos Apóstolos, 9, 13.
8.36 Veja Salmo 43:22.
9.3 Ver Atos dos Apóstolos, 9:2; 1 Coríntios 15:9. — Bossuet observa corretamente que o Apóstolo não expressa seu anseio pelo estado dos condenados, com relação ao seu sofrimento e ao pecado que o causa, mas simplesmente deseja ser privado da glória com que Deus coroa os eleitos. Além disso, esse desejo não é absoluto, pois, além de derivar de uma condição impossível, São Paulo deseja possuir Deus em todos os lugares. Assim, pode-se ver nessas palavras apenas uma hipérbole ditada por um zelo admirável, mas que não deve ser tomada literalmente e de forma absoluta.
9.7 Veja Gênesis 21:12, compare com Romanos 7:3.
9.8 Veja Gálatas 4:28.
9.9 Veja Gênesis 18:10.
9.10 Veja Gênesis 25:24. Que tinha dois filhos Jacó e Esaú.
9.13 Veja Gênesis 25:23; Malaquias 1:2. — Nas Escrituras, a palavra odiar geralmente significa gostar menos. Assim, o Apóstolo quer dizer que Jacó foi preferido a Esaú, mas também deseja mostrar, contra os judeus, que, por essa preferência dada ao mais jovem em relação ao mais velho, Deus não está vinculado a nenhuma nação em particular na distribuição de sua graça. Pois, como ele não vê mérito algum antes de sua graça, mas encontra tudo envolto em pecado, na mesma massa de condenação, não há ninguém que ele não possa justamente deixar nessa massa; de modo que quem é libertado dela, é libertado por sua misericórdia, e quem é deixado lá, é libertado justamente. É como quando, de dois homens igualmente culpados, um rei está disposto, por pura graça, a perdoar um, enquanto permite que a justiça siga seu curso em relação ao outro.
9.15 Veja Êxodo 33:19.
9.17 Veja Êxodo 9:16.
9.18 Deus endurece o coração, não inspirando nele o mal, mas sim negando-lhe a graça, que é puramente livre dele.
9.20 Veja Sabedoria 15:7; Isaías 45:9; Jeremias 18:6.
9.21 Se a comparação entre o oleiro e o barro não é correta em todos os aspectos, visto que o barro não contribui para a forma que lhe é dada, enquanto o homem contribui para a santidade que Deus lhe comunica, ela é correta ao menos naqueles aspectos para os quais o Apóstolo a utiliza aqui.
9.22 E se Deus, etc. O raciocínio que começa aqui, e que continua através de várias frases incidentais, é concluído pelo Apóstolo no versículo 30.
9.25 Veja Oséias 2:24; 1 Pedro 2:10.
9.26 Veja Oséias 1:10. — Outra citação de Oséias, novamente falando das dez tribos. O chamado dos gentios, portanto, se encaixa no plano divino de redenção; o mesmo se aplica à incredulidade de uma parte dos judeus e, consequentemente, à sua exclusão da salvação messiânica (versículos 27-28).
9.27 Veja Isaías 10:22.
9.28 Sua palavra ; esta profecia de Isaías. ― prontamente ; Ele conseguirá fazer isso rapidamente.
9.29 Veja Isaías 1:9. Cf. Gênesis 2:1.
9.30 São Paulo retoma aqui o raciocínio que iniciou no versículo 22.
9.33 Veja Isaías 8:14; 28:16; 1 Pedro 2:7. Escrita O apóstolo combina dois versículos de Isaías (ver linha acima) que, em seu sentido literal, referem-se a Deus e à teocracia da Antiga Aliança e, em seu sentido figurado, ao Messias. Cf. 1 Coríntios 1:23; Mateus 11:6. Nele ; Ou seja, naquele que é representado pelo obstáculo e pelo escândalo.
10.5 Veja Levítico 18:5; Ezequiel 20:11.
10.6 Veja Deuteronômio 30:12.
10.8 Veja Deuteronômio 30:14.
10.9 Confessar que Jesus Cristo é o Senhor e invocar o seu nome não é apenas professar fé na pessoa de Jesus Cristo, mas também implica crer em toda a doutrina e submeter-se à sua lei, sem a qual a invocação do seu nome não nos salvaria.
10.10 para alcançar a justiça ; Ou seja, para obter justiça, para ser justificado.
10.11 Veja Isaías 28:16.
10.13 Veja Joel, 2, 32; Atos dos Apóstolos, 2, 21.
10.15 Veja Isaías 52:7; Naum 1:15.
10.16 Veja Isaías 53:1; João 12:38.
10.18 Veja Salmo 18:5.
10.19 Veja Deuteronômio 32:21.
10.20 Veja Isaías 65:1.
10.21 Veja Isaías 65:2.
11.3 Veja 1 Reis 19:10. Eles querem me matar. para tirá-lo de mim.
11.4 Veja 1 Reis 19:18. Em frente a Baal. Baal era o deus supremo dos fenícios.
11.8 Veja Isaías 6:9; Mateus 13:14; João 12:40; Atos dos Apóstolos, 28, 26.
11.9 Veja Salmo 68:23. Essas palavras e as que se seguem não expressam um desejo de vingança, mas uma predição do castigo que recairia sobre aqueles judeus que, em vez de reconhecerem o Messias, o mataram. [Extrato do Catecismo da Igreja Católica: I. O Julgamento de Jesus.] Divisões das autoridades judaicas a respeito de Jesus: N° 595 Entre as autoridades religiosas de Jerusalém, não apenas o fariseu Nicodemos (cf. João 7:52) ou o notável José de Arimateia foram discípulos secretos de Jesus (cf. João 19:38-39), mas também houve dissensões a respeito dEle por um longo tempo (cf. João 9:16-17; 10:19-21), a ponto de, na véspera de Sua Paixão, São João poder dizer deles que "um bom número acreditava nEle", embora de maneira muito imperfeita (João 12:42). Isso não surpreende se considerarmos que, nos dias que se seguiram ao Pentecostes, ’uma multidão de sacerdotes obedeceu à fé» (Atos 6:7) e que »alguns dos fariseus se converteram« (Atos 15:5), a ponto de São Tiago poder dizer a São Paulo que »vários milhares de judeus abraçaram a fé, e todos eles são fervorosos seguidores da Lei« (Atos 21:20). As autoridades religiosas em Jerusalém não eram unânimes em sua relação com Jesus (cf. João 9:16; 10:19). Os fariseus ameaçavam com excomunhão aqueles que o seguiam (cf. João 9:22). Àqueles que temiam que »todos cressem em Jesus e que os romanos viessem destruir o nosso Santo Lugar e a nossa nação« (João 11:48), o sumo sacerdote Caifás profetizou: »É melhor que um homem morra pelo povo do que toda a nação pereça» (João 11:49-50). O Sinédrio, tendo declarado Jesus »passível de morte« (Mateus 26:66) como blasfemo, mas tendo perdido o direito de o matar (cf. João 18:31), entregou Jesus aos romanos, acusando-o de rebelião política (cf. Lucas 23, 2) o que o colocará em paralelo com Barrabás, acusado de "sedição" (Lucas 23, 19). Estas são também ameaças políticas que os sumos sacerdotes exercem sobre Pilatos para forçá-lo a condenar Jesus à morte (cf. João 19:12, 15, 21). Os judeus não são coletivamente responsáveis pela morte de Jesus. N.º 597 Levando em conta a complexidade histórica do julgamento de Jesus, conforme manifestada nos relatos dos Evangelhos, e qualquer que seja o pecado pessoal dos envolvidos no julgamento (Judas, o Sinédrio, Pilatos) — um pecado conhecido apenas por Deus —, não se pode atribuir a responsabilidade por ele a todos os judeus de Jerusalém, apesar dos clamores de uma multidão manipulada (cf. Marcos 15:11) e das reprovações gerais contidas nos apelos à conversão após o Pentecostes (cf. Ato 2, 23. 36; 3, 13-14; 4, 10; 5, 30; 7, 52; 10, 39; 13, 27-28; 1 Tessalonicenses 2, 14-15). O próprio Jesus, ao perdoar na cruz (cf. Lucas 23, 34) e Pedro, seguindo-o, reconheceu a «ignorância» (At 3,17) dos judeus de Jerusalém e até mesmo de seus líderes. Menos ainda se pode, com base no clamor do povo: «Que o seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos» (Mt 27,25), que significa uma fórmula de ratificação (cf. At 5,28; 18,6), estender a responsabilidade a outros judeus no espaço e no tempo: De fato, a Igreja declarou no Concílio Vaticano II: «O que foi cometido durante a Paixão não pode ser imputado indiscriminadamente a todos os judeus que viviam naquela época, nem aos judeus de nosso tempo. (...) Os judeus não devem ser apresentados como rejeitados por Deus, nem amaldiçoados como se isso decorresse das Sagradas Escrituras» (Nostra Aetate 4). Todos os pescadores foram os perpetradores da Paixão de Cristo. N° 598 A Igreja, no Magistério da sua fé e no testemunho dos seus santos, nunca se esqueceu disso.« os pescadores eles próprios foram os autores e, por assim dizer, os instrumentos de todas as dores que o divino Redentor suportou" (Catecismo Romano [= Catecismo do Concílio de Trento] 1, 5, 11; cf. Hebreus 12, 3) Levando em conta que os nossos pecados afetam o próprio Cristo (cf. Mt 25,45; At 9,4-5), a Igreja não hesita em atribuir aos cristãos a maior responsabilidade pelo sofrimento de Jesus, responsabilidade essa que muitas vezes foi atribuída apenas aos judeus: Devemos considerar culpados deste terrível pecado aqueles que continuam a recair nos seus pecados. Uma vez que foram os nossos pecados que levaram Nosso Senhor Jesus Cristo a sofrer o tormento da cruz, certamente aqueles que se entregam à desordem e ao mal »crucificam de novo o Filho de Deus nos seus corações, na medida em que ele está neles, pelos seus pecados, e o cobrem de vergonha» (Hb 6,6). E é preciso reconhecer que o nosso pecado, neste caso, é maior do que o dos judeus. Pois estes, segundo o testemunho do apóstolo, «se tivessem conhecido o Rei da glória, nunca o teriam crucificado» (1 Coríntios 2,8). Nós, ao contrário, professamos conhecê-lo. E quando o negamos com nossas ações, de certo modo, lançamos sobre Ele nossas mãos assassinas (Catecismo Romano 1:5, 11). E não foram os demônios que o crucificaram; são vocês que, com eles, o crucificaram e continuam a crucificá-lo, deleitando-se em vícios e pecados (São Francisco de Assis, Admoestações 5, 3).
11.10 mantêm as costas constantemente curvadas ; Ou seja, eles permanecem ligados a amor coisas terrenas e em busca de bens perecíveis.
11.15 A conversão dos judeus trará transformações profundas ao mundo e à Igreja; uma regeneração, uma alegria e uma imensa felicidade, como a da passagem da morte para a vida.
11.22 Nessa bondade ; Ou seja, no estado em que esta bondade divina te colocou.
11.26 Veja Isaías 59:20.
11.28 A santidade é inerente ao povo judeu.
11.32 Deus permitiu que todos, judeus e gentios, se tornassem descrentes, para que, ao se tornarem objetos de sua misericórdia, ninguém pudesse reivindicar para si o mérito de sua justificação e salvação. O texto usa "todos" porque o gênero neutro confere à ideia um alcance mais amplo. Assim, refere-se a todas as pessoas, sem exceção.
11.34 Veja Sabedoria 9:13; Isaías 40:13; 1 Coríntios 2:16.
12.1 Veja Filipenses 4:18.
12.2 Veja Efésios 5:17; 1 Tessalonicenses 4:3.
12.3 Veja 1 Coríntios 12:11; Efésios 4:7.
12.9 Veja Amós 5:15.
12.10 Veja Efésios 4:3; 1 Pedro 2:17.
12.13 Veja Hebreus 13:2; 1 Pedro 4:9. Santos. Ver Atos dos Apóstolos, 9, 13.
12.14 Abençoar O cristão vê a perseguição como uma bênção de Deus, destinada a purificá-lo e conduzi-lo ao seu propósito final.
12.16 Os mesmos sentimentos Que a unidade e o bom entendimento prevaleçam entre vocês (ver Romanos 15:5). Por isso, sejam humildes.
12.17 Veja 2 Coríntios 8:21.
12.18 Veja Hebreus 12:14. Depende muito de você., sem sacrificar os direitos da sua consciência.
12.19 Veja Eclesiástico, 28, 1-3; ; Mateus 5, 39; Deuteronômio, 32, 35; Hebreus, 10, 30.
12.20 Veja Provérbios 25:21-22. Você amontoará brasas ardentes sobre a cabeça dele. ; empréstimo feito de Livro de Provérbios, uma imagem de dor vívida e cruel. Os Padres Gregos a entendiam como brasas de raiva ; de modo que, se alguém faz o bem aos inimigos, fica isento de culpa, e eles próprios são a única causa de seu castigo. Mas São Jerônimo, Santo Agostinho, etc., entenda isso como brasas de amor e caridade, que fazem o inimigo se envergonhar de sua própria malícia e buscar a reconciliação. Significado: Através de sua generosidade e magnanimidade, você o preparará para a vergonha e o breve arrependimento; ele não terá descanso até reparar os erros que lhe causou.
13.1 Veja Sabedoria 6:4; 1 Pedro 2:13.
13.7 Ver Mateus 22, 21.
13.9 Veja Êxodo 20:14; Deuteronômio 5:18; Levítico 19:18; Mateus 22, 39; Marcos, 12, 31; Gálatas, 5, 14; Tiago, 2, 8.
13.12 À noite frequentemente marca períodos de ignorância nas Escrituras, e o dia, o tempo do Evangelho.
13.13 Veja Lucas 21:34. ― Foi ao ler os versículos 13 e 14 que Agostinho, preparado pelas pregações de Santo Ambrósio e sob a influência de uma poderosa graça, finalmente rompeu suas correntes e se converteu (Confissões, 8, 12).
13.14 Veja Gálatas 5:16; 1 Pedro 2:11.
14.2 Alguns cristãos fracos entre os judeus convertidos não ousavam comer carnes declaradas impuras pela lei; cristãos, Os menos fracos comeram sem escrúpulos, o que causou desavenças entre eles. São Paulo, para reconciliá-los, exorta os primeiros a não condenarem os últimos, que exercem sua liberdade cristã, e os exorta a não desprezarem nem escandalizarem seus irmãos mais fracos, seja levando-os a comer o que, em consciência, não acreditam poder comer, seja ofendendo-os a ponto de expô-los ao perigo da apostasia.
14.4 Veja Tiago 4:13.
14.10 Veja 2 Coríntios 5 e 10.
14.11 Veja Isaías 45:24; Filipenses 2:10. Estou vivo ; fórmula de juramento que significa: Juro pela vida que está essencialmente em mim e, necessariamente, pela minha vida eterna.
14.13 uma oportunidade para cair. Veja Romanos 9:33.
14.15 Veja 1 Coríntios, 8, 11.
14.20 Ver Tite, 1, 15.
14.21 Veja 1 Coríntios 8:13.
14.23 Ele não age por convicção. ; Ele age contra suas próprias convicções, contra sua consciência. Fica claro pelo contexto que esse é o verdadeiro significado dessa passagem e que ela nada tem a ver com a fé que nos torna cristãos.
15.3 Veja Salmo 68:10.
15.5 Veja 1 Coríntios 1:10.
15.8 Cristo Jesus era um ministro, etc.; ou seja, ele era o dispensador e ministro do Evangelho aos judeus circuncidados.
15.9 Veja 2 Samuel 22:50; Salmos 17:50.
15.11 Veja Salmo 116:1.
15.12 Veja Isaías 11:10.
15.16 pelo Espírito Santo Nos sacrifícios, antes do abate e da oferta da vítima, esta era preparada por meio de purificações externas para torná-la agradável a Deus: assim, os pagãos, nascidos na impureza do paganismo, são purificados ao entrarem na Igreja pelo Espírito Santo que recebem com o batismo.
15.19 No que diz respeito à Ilíria. A Ilíria é a região situada entre a Itália, a Alemanha, a Macedônia e a Trácia, entre o Danúbio a leste e o Mar Adriático a oeste. Era uma província romana. São Paulo a mencionou como o ponto mais distante aonde havia levado o Evangelho até então.
15.21 Veja Isaías 52:15.
15.24 Para a Espanha. Segundo diversos testemunhos antigos, São Paulo de fato foi pregar a fé na Espanha, após seu primeiro cativeiro em Roma, algo que muitos críticos modernos se recusam a admitir.
15.25 vir em auxílio dos santos ; Ou seja, entregar aos cristãos pobres as esmolas que recolhi. — Pois a palavra santos, ver Atos dos Apóstolos, 9, 13.
15.26 Macedônia e Acaia. Ver Atos dos Apóstolos, 16, 9 e 18, 12.
15.27 Veja 1 Coríntios, 9, 11.
16.1 Febe, cujo nome significa a brilhante, a lua, era uma diaconisa. Não confundir com o sacramento do diaconato, que sempre foi reservado aos homens dentro da Igreja Católica. Cenchrées, um dos portos de Corinto, no lado asiático, no Golfo Sarônico. Muitos acreditam que Febe, que certamente estava indo para Roma de acordo com essa passagem, foi incumbida por São Paulo de entregar sua carta aos cristãos daquela cidade.
16.3 Ver Atos dos Apóstolos, 18, vv. 2, 26. ― Prisca e Aquila. Ver Atos dos Apóstolos, 18, 2.
16.5 Espada, Ele foi o primeiro convertido na província proconsular da Ásia. Segundo a tradição, tornou-se o primeiro bispo de Cartago.
16.6 Casado, Cristão, provavelmente de origem judaica.
16.7 Andrônico e Júnias, Júnias, da mesma tribo de São Paulo, talvez até mesmo seus primos. Segundo alguns críticos, Júnias é uma abreviação de Junílio ou Juniniano e, portanto, um nome masculino. As circunstâncias em que Andrônico e Júnia foram presos com São Paulo são desconhecidas.
16.8-9 Urbano, Stachys são desconhecidos. A tradição considera Estácio um dos setenta e dois discípulos.
16.10 Apelle, Segundo a tradição, ele se tornou bispo de Esmirna ou Heracleia.
16.11-12 Aristóbulo, Herodion, Narciso, Trifeno, Tryphosa, Persis, desconhecido.
16.13 Que também é minha ; que considero minha, devido ao respeito que tenho por ela, e de amor que ela tem por mim. ― Rufus, provavelmente um dos filhos de Simão de Cirene. Veja Marcos 15:21.
16.14 Asíncrito, Flegião, Pátrobas, Hermes, desconhecido. Hermas, Segundo alguns, ele é o autor da famosa obra intitulada o Pastor, mas geralmente se acredita nisso Pastor menos velho.
16.15 Filóloga e Julie. Segundo a tradição, Julie era esposa de Filólogo; segundo outros, é um nome masculino (Julias). Nereu, Olímpia, desconhecido.
16.21 Ver Atos dos Apóstolos, 16, 1. ― Timóteo. Veja a introdução às cartas a Timóteo. Lúcio Este pode ser Lúcio de Cirene, um dos doutores da Igreja de Antioquia. Veja Atos dos Apóstolos, 13, 1. ― Jason. Ver Atos dos Apóstolos, 17, 5. ― Socipater. Ver Atos dos Apóstolos, 17, 10 e 20, 4.
16.22 Tercio Provavelmente era um cristão de Corinto que serviu como secretário de São Paulo, escrevendo sob seu ditado.
16.23 Caio era um cristão de Corinto, o único, juntamente com Crispo, que São Paulo batizou naquela cidade (ver 1 Coríntios, 1, 14). ― Erastus. Este nome também é encontrado em Os Atos dos Apóstolos, 19:22 e 2 Timóteo 4:20, mas não sabemos se se refere à mesma pessoa. Quarto, outro cristão de Corinto, com um nome romano, como Tércio.
16.25 Meu Evangelho, etc.; isto é, o Evangelho que eu proclamo e a doutrina de Jesus Cristo.


